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Economia
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Reação
Saques do FGTS puxam alta de 0,6% do PIB no 3º trimestre

É o que diz o Ministério da Economia; no entanto, mesmo com reação, indústria da transformação recua 1% afetada por queda nas exportações

Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
04/12/2019 | 07:26
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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil


O PIB (Produto Interno Bruto) do País, que é a soma da geração de todas as riquezas produzidas e o termômetro da economia, avançou 0,6% no terceiro trimestre, em relação ao segundo trimestre, ao atingir R$ 1,842 trilhão em valores correntes. Os dados foram divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O Ministério da Economia, em nota, atribuiu o desempenho à liberação dos saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). “No terceiro trimestre, a economia brasileira manteve a trajetória de recuperação da atividade, com aceleração da retomada do crescimento, ratificando o aumento da confiança dos setores de serviços e varejo e dos consumidores que se iniciou após julho, momento de anúncio do novo FGTS. Destaca-se o crescimento robusto do investimento (2%) e a retomada do consumo das famílias (0,8%)</CF>, enquanto o gasto do governo retraiu novamente (-0,4%).”

O informe também aponta que, a partir de setembro, a economia passou a apresentar indicadores consistentes de retomada da expansão, após ter saído do fundo do poço em agosto, com inflação sob controle e juros baixos. “Contribuiu à melhora a liberação do saque imediato do FGTS.”

De acordo com o IBGE, a agropecuária teve o melhor desempenho, com alta de 1,3%, seguida pela indústria (0,8%) e pelos serviços (0,4%). Porém, a expansão do setor industrial foi puxada pelos ramos de extração (12%) e construção (1,3%). O segmento da indústria de transformação, fortemente presente no Grande ABC, recuou 1% no período.

Para o coordenador do curso de administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero, o resultado do PIB surpreendeu um pouco, pois o mercado esperava avanço de 0,4% e atingiu 0,6%, “mas ainda está muito aquém daquilo que precisaríamos para uma reação mais firme, principalmente da indústria”.

Ele aponta que a indústria da região é bastante afetada pelas exportações, fortemente atingidas pela crise na Argentina – responsável por comprar 70% dos produtos do Grande ABC vendidos a outros países. “Além disso, o mercado consumidor interno ainda está muito tímido. E, por mais que o consumo tenha dado um repique, até isso chegar na indústria demora bastante”, avalia.

RANKING

Comparado a igual período de 2019, o PIB cresceu 1,2% no terceiro trimestre, 11º resultado positivo consecutivo nesta comparação. A indústria da transformação recuou 0,5%.

Conforme ranking da Austin Rating, que considera a comparação anual, o resultado coloca o Brasil na 43ª posição em lista de 54 países. Quem lidera é a Armênia (7,9%), seguida por Filipinas (6,2%) e China (6%). O Chile e a Colômbia ocupam a 15ª e a 16ª posições, respectivamente (3,3%). Penúltimo, o México amarga queda de 0,3%.

Na média, as 54 economias expandiram 2,5%, enquanto que os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), 3,4%. 




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