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Literatura
Autor de Santo André lança terceiro livro de poesias

Obra apresenta ao leitor a nova safra de poesias do andreense,são 53 no total

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
27/11/2019 | 07:17
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Divulgação


É com a urgência do estranhamento, da necessidade de ver, olhar, reparar, de sentir incômodo com o que, de fato, incomoda, que o escritor Ricardo Escudeiro, de Santo André, apresenta seu terceiro livro, A Implantação De Um Trauma e Seu Sucesso (Editora Patuá/Editora Fractal, 160 páginas, R$ 38, em média). O lançamento está marcado para sábado, a partir das 19h, no Patuscada Livraria, Bar e Café (Rua Luís Murat, 40), em São Paulo.

A obra apresenta ao leitor a nova safra de poesias do andreense. São 53 no total, além de um colofão, ou seja, um texto final. Algumas delas nunca foram publicadas, outras já foram apresentadas em revistas digitais e até impressas, inclusive na Europa. Escudeiro explica que usa de suas escritas para apontar o dedo para as mazelas da sociedade, sempre que acha necessário. 

Neto de pedreiro e filho de metalúrgico, o rapaz sempre teve contato com o trabalho manual, já que seguiu os passos do pai por um bom tempo. E ele diz que é exatamente esse trabalho manual que é o ponto de partida da obra – e do ‘escrever’, de forma geral. “Está no poder do trabalho manual. De martelar as palavras e entortar a sintaxe para forjar novos significados”, explica. 

Para ele, a urgência do que há na livro é no sentido de enxegar além do muro, por cima dele. “Se dermos uma pequena volta em nosso bairro, com a capacidade não só de ver, mas de realmente enxergar, creio que voltaríamos para casa bem mais indignados”, explica. E mesmo com as críticas que oferece, afirma que A Implantação De Um Trauma e Seu Sucesso conta com temas diversos.

Por conta da realidade atual do País, da ascensão de misturas de extremismo religioso, precarização dos serviços básicos afetando diretamente os mais marginalizados socialmente, genocídio dos mais pobres, exaltações de torturadores por parte daqueles que ocupam os locais oficiais do exercício do poder, ele espera, no mínimo, compartilhar e incitar desconfortos e estranhamentos em quem consumir o trabalho. “Contribuir um pouco para que recuperemos aquela capacidade que se perde na passagem da infância para a vida adulta, a capacidade de estranhar, no sentido amplo desse termo”, afirma. 




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