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Tour de ônibus aproxima público da jornada para a Lua
Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
31/10/2019 | 07:28
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Divulgação


O ingresso para o Kennedy Space Center Visitor Complex também dá direito a passeio de ônibus que ultrapassa parte das barreiras impostas pela Nasa em sua central de operações no Cabo Canaveral. As saídas são diárias, das 9h30 às 15h30, em veículos com ar-condicionado e telas com vídeos recheados de informações do que está espalhado pela área e pode ser visto pela janela. Com duração de cerca de 40 minutos, a viagem passa perto de algumas das 47 plataformas de lançamento, sendo que apenas cinco estão ativas hoje em dia. É possível tirar fotos de cenários, lugares e prédios, com o aviso de que é proibido fazer registro de pessoas que trabalham ali. “Eles são empregados do governo norte-americano e alguns têm trabalhos confidenciais”, diz a guia, logo fazendo leve deboche do protocolo a ser seguido.

Entre os destaques do trajeto está a plataforma 39A, base para jornadas até a Lua e que hoje em dia é administrada pela empresa SpaceX, do bilionário Elon Musk, e que tem objetivo de ‘popularizar’ a viagem de civis para a Estação Espacial Internacional em futuro próximo. Já a 39B, onde começou o programa Apollo, é o centro atual de lançamentos da Nasa, que passa por constantes inovações de olho nas próximas missões. Também é possível se impressionar com o edifício de montagem de veículos, com portas de 139 metros de altura capazes de abrir em diferentes níveis. A dica para a viagem é ficar do lado direito do ônibus para ampliada vista de todo o caminho e melhores chances de fotos de recordação.

A parada do tour ocorre no Apollo/Saturn V Center, montado para recordar os altos e baixos do duelo espacial com a União Soviética – no caso, a história mostra os Estados Unidos como mocinhos e os soviéticos como vilões a serem vencidos. Destaque para a tragédia da Apollo 1, primeira missão tripulada do programa que acabou na morte de três astronautas por causa de incêndio ainda na Terra, e a réplica da sala de controle responsável pelo voo da Apollo 8, com direito a contagem regressiva, chão tremendo e jogo de luzes.

Após o simulador, um galpão enorme serve de abrigo para um foguete Saturn V, modelo utilizado entre as décadas de 1960 e 1970 para levar os astronautas para a Lua. Erguido, ele está dividido em fases para explicar a engenharia de seu funcionamento. O gigante, de aproximadamente 111 metros, é cercado por curiosidades sobre os projetos envolvendo o famoso satélite natural da Terra. A comemoração dos 50 anos da jornada da Apollo 11, contato inicial do homem com o solo lunar, motivou montagem de área especial sobre o assunto. Até mesmo pedaços reais da Lua estão à mostra dentro de pirâmides de vidro. Podem ter pouco mais de 100 gramas cada, mas possuem idade calculada de cerca de 3,7 bilhões de anos. Certamente estão entre os itens mais populares entre as exposições.

O público pode ficar no galpão até as 17h, tendo retorno livre para o parque com ágil viagem a cada dez minutos. Apesar de um pouco distante do restante do complexo, a área tem lanchonete, sanitários, loja temática e área de descanso.


Atrações opcionais geram experiências diferenciadas

Parte das atrações organizadas pelo parque da Nasa é considerada extra e está disponível para o público mediante pagamento à parte como complemento ao ingresso comum. São opções variadas e que envolvem diferentes tipos de experiências, com atividades que incluem refeições e encontros especiais a outras mais complexas para serem feitas.

Uma das apostas desse tipo de passeio complementar gira em torno do ATX (Astronaut Training Experience), montado para representar treinamento de astronautas de olho em futuras missões. Entre as ‘brincadeiras’ estão simulador de microgravidade (cuja ideia lembra mesas de air hockey encontradas em áreas de lazer de shoppings e em bufês infantis) para fuçar nas réplicas das plataformas espaciais e realidade virtual que coloca o participante com a missão de explorar Marte rapidamente com a ajuda de um consultor externo que lhe explica o que se deve fazer por meio de headsets conectados. As ações são até fáceis, mas exigem atenção para se aproveitar ao máximo.

O valor do pacote é de US$ 175, ou R$ 722,75, sendo que é possível pagar pelas atrações de modo individual de maneira mais barata. Detalhe que é recomendado que os participantes tenham inglês fluente para entender a demanda de exigências de segurança, o que também inclui estar com saúde física razoável.

De maneira mais light, o popular almoço com um astronauta de verdade atrai muitas famílias e fãs de diferentes idades. Um desses profissionais do passado é convocado semanalmente para conversar entre as mesas, subir ao palco para relatar sua experiência, responder perguntas e tirar fotos. Enquanto a ‘atração’ relembra sua trajetória e conta sobre as viagens que realizou, um bufê self-service (saladas, massas, pratos quentes, bebidas e sobremesas) fica aberto. Quando o Diário esteve no local, o norte-americano John Oliver Creighton, 76 anos, escalado para três missões espaciais entre 1985 e 1991, estava de plantão e animado para encontrar curiosos de todas as idades. “Até você ter a real sensação de como é estar em lançamento pela primeira vez, não há muito como explicar e você se pergunta: ‘Onde eu me meti?’ Seu mundo para durante aqueles cerca de oito minutos e tudo pode acontecer”, relatou. A refeição especial custa US$ 15,99, ou R$ 66, para crianças entre 3 e 11 anos e US$ 29,99, ou R$ 123,85, para pessoas acima de 12 anos.

Todos os agendamentos prévios podem ser feitos on-line por meio do site do parque (www.kennedyspacecenter.com), que mostra as datas e horários disponíveis ainda para este ano e adiantamentos para 2020. 




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