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Domingo, 28 de Abril de 2024

Prévia da Bienal de SP
Sara Saar
Do Diário do Grande ABC
29/09/2011 | 07:09
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Sem representar movimentos ou períodos históricos isolados, a mostra "Em Nome dos Artistas - Arte Contemporânea Norte-Americana na Coleção Astrup Fearnley" privilegia a criação individual enquanto celebra os 60 anos da "Bienal de São Paulo", a mais importante instituição das artes plásticas no Brasil.

Sediada no Pavilhão da Bienal, palco já tradicional de obras polêmicas, a partir de sábado, a exposição abarca 219 trabalhos - produzidos por 51 artistas nos últimos 20 anos -, que pertencem ao acervo do Museu de Arte Moderna Astrup Fearnley, situado em Oslo, na Noruega. A curadoria é feita pelo diretor do museu, Gunnar Kvaran.

Como aquecimento para a 30ª edição da "Bienal", que será realizada em 2012, a mostra ocupa quase a área total do pavilhão, organizada por andar: o terceiro comporta nomes icônicos dos anos 1980 e 1990, o segundo recebe artistas que ainda estão em processo de consolidação como Nate Lowman - a proposta é mostrar artistas contemporâneos que serão ícones daqui algumas décadas - enquanto o primeiro abriga as produções do britânico Damien Hirst. Embora o título da mostra indique, não figuram apenas norte-americanos.

Nomes globais das artes ganham expressão, individualmente, em séries de obras inéditas no Brasil. Exemplo é a fotógrafa Cindy Sherman, que se tornou conhecida ao produzir autorretratos disfarçada de personagens ao longo da carreira. Entre as suas produções, estão registros da série "Untitled Film Stills", realizada na década de 1970.

O público também poderá conferir trabalhos de Matthew Barney, também conhecido como ‘marido da cantora Björk', e Jeff Koons, escultor que despontou em 1991, quando se casou com a ex-atriz pornô italiana Cicciolina. A relação durou um ano, tempo suficiente para a produção da série "Made in Heaven" (Feito no Céu), que exibe posições sexuais do casal.

Já o britânico Damien Hirst, um dos icônicos nomes da contemporaneidade, assina a instalação "Mother and Child Divided" (Mãe e Filho Separados), na qual vaca e bezerro estão cortados ao meio e mergulhados em tanques com formol. A obra chocou o público da "Bienal de Veneza" de 1993.

Outra produção de Hirst também pode gerar polêmica. Trata-se da instalação "Adam & Eve Exposed", que mostra somente as genitálias de dois corpos, deitados sobre macas cirúrgicas, que aparentam ser reais. É uma referência aos causadores do pecado original.

Paredes com borboletas e um cinzeiro reproduzido em grande escala compõem outras obras do artista inglês.

Em Nome dos Artistas - Arte Contemporânea Norte-Americana na Coleção Astrup Fearnley Exposição comemorativa. No Pavilhão da Bienal (Portão 3 do Parque Ibirapuera) - Avenida Pedro Álvares Cabral, São Paulo. Tel.: 5576-7600. Visitação: de terça-feira a domingo, das 9h às 19h (exceto quinta, das 9h às 22h. Ingr.: R$ 20 (de terça a sábado) e grátis (domingo). Até 4 de dezembro.




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