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Palmeiras dorme vice-líder após derrotar o Botafogo

Equipe paulista voltou a vencer depois de dois empates e uma derrota e chega a 50 pontos, cinco atrás do Flamengo

12/10/2019 | 22:31
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Divulgação


O Palmeiras derrotou o Botafogo por 1 a 0 na noite deste sábado, mas poderia ter deixado o local com um resultado bem melhor, diante das diversas chances de gol perdidas. Pelo menos, o time alviverde conseguiu se manter na caça ao líder Flamengo e passou provisoriamente a ocupar a vice-liderança da tabela, desbancando o Santos.

Com o resultado, o Palmeiras chegou aos 50 pontos, três a mais que o Santos e cinco a menos que o Flamengo. O Santos visitará o Internacional e o Flamengo vai enfrentar o Athletico-PR, em Curitiba, neste domingo, no complemento desta 25ª rodada. Já o Botafogo estacionou nos 30 pontos, no 12º lugar, ainda sem contar com o técnico Alberto Valentim na beira do gramado. 

Já o torcedor do Botafogo teve poucos momentos de alegria ou expectativa positiva no Pacaembu. Antes da bola rolar, botafoguenses gritaram: "É Sandy e Júnior", fazendo referência ao show no Allianz Parque que fez com que a partida fosse transferida para o Pacaembu. Aos 5 minutos, Leonardo Valencia acertou um forte chute de fora da área e mandou por cima do gol de Fernando Prass. E esses foram os momentos de euforia dos visitantes. No resto do tempo, o Palmeiras foi quem ditou o ritmo de jogo e dominou a partida.

Bruno Henrique arriscou primeiro, de fora da área, e mandou por cima do gol. O Palmeiras tinha dificuldades para abrir a defesa alvinegra. O empate seria um ótimo resultado para os cariocas. Então, o jeito encontrado pelos palmeirenses foi apostar em quem menos se esperava como elemento surpresa no ataque. Aos 14, Thiago Santos tabelou com Scarpa e com categoria entrou na área, tirou de Diego Cavalieri e mandou para as redes. Um belo gol que arrancou aplausos do presidente Jair Bolsonaro. E, provavelmente, um dos mais bonitos na carreira do volante, que não é de fazer muitos gols.

O Palmeiras ainda teve mais uma chance de ampliar a vantagem no primeiro tempo, mas Deyverson não conseguiu aproveitar. Aliás, o atacante, que voltou ao time graças a lesão de Luiz Adriano, demonstrou muita vontade e claramente estava ansioso para marcar e tentar amenizar as críticas da torcida. Ele foi o único jogador que teve o nome vaiado durante o anúncio da escalação pelo sistema de som.

Na etapa final, a pressão palmeirense foi ainda maior. Parecia uma bliz alviverde e Prass praticamente assistiu ao jogo. Bruno Henrique, Dudu, Scarpa... Todo mundo tentou marcar mais um, para evitar surpresas nos minutos finais. Mano cansou de ver Deyverson correndo para lá e para cá, sem objetividade, e decidiu apostar em Henrique Dourado, que quase marcou de cabeça, mas desviou para fora.

O cenário do jogo foi o mesmo até os minutos finais: o Botafogo, sem criatividade e sem força ofensiva, e o Palmeiras, pressionando e errando no último lance. Bruno Henrique chegou a marcar um gol, mas o árbitro assinalou o correto impedimento. Aos 47, Henrique Dourado saiu cara a cara com Cavalieri e chutou rasteiro para uma grande defesa do goleiro. E lá se foi mais uma chance perdida, que, para a sorte dos palmeirenses, não custou tão caro. O time conseguiu voltar a vencer e avisou ao Flamengo e Santos que não está fora da briga pelo título do Brasileiro.

TORCIDA ILUSTRE

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez questão de comparecer ao estádio do Pacaembu para acompanhar seus dois times de coração, Palmeiras e Botafogo. Foi a primeira vez dele no estádio municipal como presidente do Brasil. Ao arriscar um placar do jogo, antes da bola rolar, demonstrou sua preferência pelo lado alviverde, onde joga seu amigo Felipe Melo. Como aconteceu em outros jogos, torcedores se dividiam entre os aplausos e as vaias ao político. Bolsonaro deixou o estádio faltando cerca de dez minutos para o fim da partida.

"Coração fica dividido", brincou o presidente, pouco antes da bola rolar e de ele apostar que o Palmeiras venceria por 3 a 0. Cercado por seguranças, o político preferiu acompanhar o jogo no meio dos torcedores, na Numeradas, um dos setores do estádio. Como já aconteceu em outros jogos em que foi já como presidente, ouviu alguns aplausos e vaias e gritos de "mito" e "fascista", mas de uma forma bem mais discreta em comparação a outras partidas que ele já foi assistir.

No intervalo do primeiro para o segundo tempo, quando o Palmeiras já vencia por 1 a 0 (placar final da partida), ele foi bastante saudado por torcedores que estavam em volta. Aos gritos de "mito", deu a mão e tirou diversas fotos com torcedores que tentavam de todo o jeito ter alguma lembrança daquele momento. A agitação ficou mais concentrada nos arredores de onde ele estava. Quando estava próximo do início do segundo tempo, um torcedor xingou Bolsonaro e deu-se início a uma discussão entre torcedores. Na confusão, o palmeirense que ofendeu o político chegou a receber um tapa na cabeça e foi levado pelos policiais para um outro setor do estádio.

Em relação ao futebol, Bolsonaro também destacou sua amizade com o volante Felipe Melo, que não jogou neste sábado. Ele estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo. "O meu contato aqui no Palmeiras é um tal de Felipe Melo, conhece? Falei com ele e ele disse que não iria jogar por causa do cartão amarelo", disse o presidente, que ao ser indagado se ele e o jogador teriam temperamentos parecidos, respondeu: "Estou mais calmo agora".

O presidente também comentou sobre as constantes trocas de técnicos no futebol brasileiro, em especial no Palmeiras, que demitiu Luiz Felipe Scolari e contratou Mano Menezes. "Os técnicos cansam. O Felipão é um grande técnico, mas parece que cansou. E já virou uma tradição no Brasil a constante troca de técnico", comentou. Ao ser indagado sobre a escalação do Palmeiras, saiu pela tangente. "Não dou palpite na escalação para o pessoal não dizer como tenho que escalar meus ministros."




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