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Sábado, 20 de Abril de 2024

Igualdade e política dão o tom na Parada LGBT de Santo André

15ª edição do evento reúne pedidos de mais visibilidade e direitos do público da região

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
22/09/2019 | 20:53
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A morte da travesti Emmanuelle da Silva Barros, 25 anos, natural do Ceará, quarta-feira, pelo caminhoneiro, Ozail Ferreira Vilar, 37, na Avenida Industrial, em Santo André, foi um dos temas comentados ontem, na 15ª Parada do Orgulho LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Intersex e outros) da cidade. Com o tema Este Sou Eu/Esta Sou Eu, a manifestação pediu atenção para as necessidades da população LGBTI+ da região, como “mais visibilidade, segurança e coordenadorias” para tratar dessas demandas.

“Esse encontro é um grito contra a não existência, a invisibilidade. Este sou eu, esta sou eu. Enxergue-nos, poder público”, comenta um dos organizadores do evento e presidente da ONG ABCD (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual), Marcelo Gil. 

No início da tarde, a concentração do evento ocorreu no cruzamento da Avenida Dom Pedro II com a Rua Catequese, no bairro Jardim, com quatro carros de som e mais de 2.000 pessoas. O bloco seguiu pela Rua das Caneleiras, finalizando na Avenida Industrial. Ao passarem pelo último local, foi realizado um minuto de silêncio em protesto pelo assassinato da Emmanuelle e por outras travestis, que também foram mortas por todo o Brasil. “Fizemos esse protesto por todas as Emmanuelles, Marias, Patrícias, Jennifers que morrem pela transfobia, todos os dias. E a cada ano, esse número aumenta mais”, lamenta Gil. 

O ornanizador ainda ressaltou que a falta de uma coordenadoria para tratar das demandas LGBTI+ e a ausência de gestores que sejam da comunidade fragiliza as políticas para este público. “Os gestores não vivenciam o que a gente vive, não nos conhecem e muito menos, nos enxergam”, disse. 

Um dos representantes da parada e morador de Mauá, Lucas Bizzioni comenta que deveria ter o encontro em todas as regiões do País, para buscarem, cada vez mais, a igualdade nos direitos. “O evento, além de divertir, mostra que somos feitos de amor e união. Levantando essa bandeira, vamos conseguir fazer com que as pessoas nos enxerguem melhor e que possamos ir e vir sem medo. Me assumi drag queen há um ano e meio e sempre assistimos casos que nos entristecem cada dia mais. Isso precisa mudar”, lamenta.


RIO DE JANEIRO

O bairro de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, também recebeu ontem a 24ª edição da Parada do Orgulho LGBTI. O desfile foi realizado entre 14h30 e 18h30, com o tema Pela Democracia, Liberdade e Direitos: Ontem, Hoje e Sempre e fez referência aos 40 anos do movimento no Brasil. Ao todo, foram sete trios elétricos com atrações artísticas e culturais.




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