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Custo-vereador na região é maior do que em 20 capitais

Despesas per capita com salários dos parlamentares no Grande ABC chegam a R$ 0,60 ao mês; em São Paulo, mesmos gastos são de R$ 0,09

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
23/09/2019 | 07:57
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Pixabay


O custo-vereador no Grande ABC é superior ao de 20 capitais do Brasil no que se refere a salários. As despesas per capita com subsídios dos parlamentares da região – no total, 142 –, de acordo com levantamento do Diário, atinge o valor de R$ 0,60 mensal, ficando atrás somente de Palmas (R$ 0,80), Boa Vista (R$ 0,79), Cuiabá (R$ 0,77), Florianópolis (R$ 0,70), Aracaju (R$ 0,69) e Teresina (R$ 0,63). Os gastos relacionados apenas à remuneração da bancada regional atinge montante de R$ 1,68 milhão ao mês. A efeito de comparação, em São Paulo, município de maior densidade populacional do País, os mesmos gastos são de R$ 0,09.

Esse índice está baseado no salário dos vereadores versus a última atualização da quantidade de moradores por cidade (confira arte abaixo), sem incluir as despesas dos Legislativos. Na esfera regional, a quantia tem percentual mais elevado em Rio Grande da Serra, onde o custo engloba R$ 1,54. Embora os contra-cheques dos parlamentares sejam de R$ 6.012, o município possui 13 cadeiras para população de 50,8 mil habitantes – proporção de 3.911 pessoas para cada vereador. Em Santo André, o gasto abrange R$ 0,44. Na cidade, com 21 vagas na Câmara e população de 718,7 mil munícipes, a proporção é de um político a cada 34,2 mil andreenses.

O número aparece em alta também em São Caetano, com custo de R$ 1,18 (subsídio de R$ 10 mil mensais). A cidade registra 19 vereadores e 161,1 mil moradores, o que dá proporção de 8.480 moradores para cada parlamentar. Na Capital paulista, são 55 vereadores para 12,2 milhões de habitantes, proporção de 222,7 mil. Maior município da região, São Bernardo figura na lista com gasto de R$ 0,50. Isso porque há 838,9 mil residentes e R$ 15.031 de remuneração da vereança – são 28 no total –, o equivalente a R$ 420,8 mil de despesas anuais.

Presidente da Câmara de Santo André, Pedrinho Botaro (PSDB) lembrou que a cidade, pelo texto da Constituição, poderia ter até 27 vereadores pela da faixa de habitantes, mas que “foi a única do Grande ABC” que não houve mudança – texto foi rejeitado em 2011. O tucano frisou diálogo com a sociedade, por meio de entidades representativas que se manifestaram contrárias à proposta. “Santo André tem algumas disparidades. Única que não aumentou (cadeiras) e única que tem duas sessões na semana”, disse, descartando que possa existir elevação de vagas a curto prazo – para ter validade para 2020, teria que acontecer votação um ano antes da eleição, ou seja, até início de outubro.

Entre as capitais, São Paulo possui o menor índice – ainda que a cidade teve majoração no salários dos parlamentares nesta legislatura, passando para os atuais R$ 18,9 mil –, seguida por Rio de Janeiro (R$ 0,14), Fortaleza (R$ 0,21), Belo Horizonte (R$ 0,27), Salvador e Manaus (ambas R$ 0,28).  




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