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Palavra do Leitor
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Palavra do leitor
Em vez de saúde, podemos ver o caos
Por Do Diário do Grande ABC
02/08/2019 | 16:02
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Recentemente a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão federal que regulamenta a comercialização de medicamentos no Brasil, na figura de seu presidente, William Dib, pretende aprovar a plantação de maconha (cannabis sativa) para fins medicinais, e encontra apoio em um deputado federal de nosso município, Alex Manente. Na contramão da política nacional antidrogas, a posição da Anvisa e de seus seguidores gerou grande desconforto ao ministro da Cidadania, Osmar Terra, que questiona ação judicial contra a Anvisa. 

Os cidadãos cobram de gestores públicos a responsabilidade frente a elaboração de leis, decretos, medidas, portarias, ações, para, direta ou indiretamente, atuarem em prol da sociedade. Assim, a liberação do plantio de maconha para fins medicinais levanta a questão do quanto isto pode levar a uma “liberação” para consumo recreacional e, por conseguinte, à porta de entrada para uma vida devastada pelas drogas (muitas vezes a maconha é porta de entrada).

Nos intriga que gestores públicos fiquem à mercê de um assunto tão polêmico, demonstrando desconhecimento técnico-científico. Por exemplo, quais são os dados cientificamente comprovados quanto a eficácia da maconha no tratamento da depressão, esquizofrenia, ansiedade? Quais foram os estudos clínicos, ensaios randomizados, que pudessem nos dar este dado? 

A agência da ONU (Organização das Nações Unidas), especializada em reports sobre a situação mundial com relação a drogas e crime, aponta que países que liberaram o plantio de maconha tiveram aumento de taxas de morbimortalidade em indivíduos que fazem uso de maconha. 

Nos preocupamos com tais liberações, que é diferente de termos o canabidiol enquanto medicamento produzido sinteticamente. Na maconha existem vários tipos de canabinoides, sendo os principais o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC). O CBD parece ter propriedades terapêuticas, incluindo efeito anticonvulsivante, já o THC possui importantes efeitos psicodislépticos e neurotóxicos. A planta de maconha tem cada vez mais THC e menos CBD.

São desesperadoras as histórias de jovens que, infelizmente, se perderam neste caminho. Famílias que ficaram arruinadas, diante de tanta tristeza. Vidas que jamais foram remontadas e desperdiçadas. Acreditamos que promover saúde é também promover saúde mental, e até o momento sabemos que a maconha causa prejuízo na saúde de um indivíduo. Que fique claro: somos a favor da legalização do canabidiol e não da maconha, ou seja, somos a favor da saúde e não do caos!

Geraldo Reple Sobrinho é médico e secretário de Saúde de São Bernardo.

Cíntia de Azevedo Marques Périco é médica psiquiatra, coordenadora de saúde mental de São Bernardo.

Horta X praça

Li com tristeza sobre a intenção da Prefeitura de Santo André de transformar horta comunitária, que contribui para ajudar as pessoas de baixa renda a se alimentar através do programa Moeda Verde, pelo qual usam material reciclável como moeda, em praça de lazer (Setecidades, ontem). Praça que, ao longo do tempo, terá mato e sujeira como tantas outras que vemos em abandono. Lamentável. Prefeito, li aqui que são dez comunidades que se beneficiam deste programa, então lembre-se, eles também são eleitores. Nova eleição vem aí.

Maria Aparecida Chitto dos Reis

São Bernardo

Barulho

A Lei do Silêncio não existe mais? Ou só existe para os cidadãos comuns? No sábado, teve show no Paço Municipal de São Bernardo. O som estava insuportavelmente alto das 14h às 22h20, pelo menos. Tudo aconteceu com a autorização da Prefeitura. E os direitos dos munícipes que querem ter paz e descansar nas residências do entorno? Também tem hospital ao lado. Acho total falta de respeito.

Vivian Santos

São Bernardo

Bolsonaro – 1

Tudo que a esquerda quer é provocar Bolsonaro. Estão jogando a isca e o peixe está pegando todas. Senhor presidente, governar é varrer para dentro. Com certeza, há pessoas em seu governo que lhe dão conselhos: ouvir mais e falar menos. Faça como seu vice, que aprendeu rapidinho a lidar com críticas e provocações. À esquerda basta o silêncio, eles vão morrer de raiva, e seu governo pode mudar o Brasil que foi pedido pelos eleitores. O senhor tem grandes ministros que estão levando à frente seu projeto, mas, por favor, mantenha-se calado. O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de se rebater. Deixe que a esquerda esperneie. Sem suas respostas, ela ficará sem discurso. A escolha é sua. 

Izabel Avallone

Capital

Bolsonaro – 2

Nosso presidente Jair Bolsonaro, infelizmente, vive nas trevas da falta de conhecimento, ou esclarecimento. Também de refinamento institucional! Não por outra razão, que, hoje, grande parte do nosso noticiário se refere aos atos inconsequentes de Bolsonaro. Que, como se estivesse abafando, escolhe viver nas trevas, não se importa com as críticas, em evoluir, e justificar o cargo que ocupa, legitimamente conquistado nas urnas. É por suas falas fúteis que Bolsonaro está perdendo mais do que qualquer outro presidente em 200 dias no poder, sua popularidade! No entanto, os mais prejudicados são os 210 milhões de brasileiros, que, sem perspectiva, ainda precisam aturar um presidente irresponsável e imaturo.

Paulo Panossian

São Carlos (SP)

Grupo Petrópolis

O presidente da Itaipava, que era grande amigo do PT, teve finalmente a prisão decretada. Apesar de tantas evidências na Lava Jato, ia verão, vinha verão e ele, livre, leve e solto. Agora, claro, vamos ter mais novidades envolvendo o PT e seus honestos integrantes. O senhor Glenn, como ótimo jornalista, deveria entrevistá-lo e mostrar o que esse senhor tão empreendedor tem a declarar. Afinal de contas, pau que dá em Chico tem sempre que dar em Francisco.

Marieta Barugo

Capital

Frutas, legumes e verduras

Agora é lei! Desde 1º de agosto entrou em vigor instrução normativa que obriga produtores e comerciantes a identificar a origem de frutas, legumes e verduras. Com isso, pretende trazer mais segurança ao consumidor, você, eu e toda a população, por permitir a identificação e penalização do agricultor que tenha usado agrotóxicos em desconformidade com normas de segurança. Não se pode esquecer que quem manuseia esses produtos tóxicos, em larga escala e excesso, também está sujeito a contrair problemas futuros de saúde. A rastreabilidade vai valer para laranja, limão, tangerina, lima-da-pérsia, maçã, uva, melão, morango, coco, goiaba, caqui, mamão, banana e manga, batata, alface, repolho, tomate e pepino, cenoura, batata doce, beterraba, cebola, alho, couve, agrião, almeirão, brócolis, chicória, couve-flor, abóbora, abobrinha e pimentão, que tem sido o recordista em contaminação muito acima do permitido de agrotóxicos. A fiscalização cabe a todos nós, consumidores desses produtos.

Turíbio Liberatto

São Caetano

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