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Na Saúde e Educação
Motoristas da Prefeitura de Diadema paralisam prestação de serviço

Aluguel das vans está atrasado há dois meses; empresa justifica que Prefeitura não faz o repasse do valor de contrato há 120 dias

Por Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
15/07/2019 | 11:56
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André Henriques/DGABC


Funcionários da empresa Hiplan, que presta serviço de transporte em vans para Prefeitura de Diadema, paralisaram o trabalho na manhã desta segunda-feira (15) por falta de pagamento. De acordo com os motoristas, eles utilizam veículo próprio para o trabalho e recebem, além do salário, valor de aluguel do automóvel, que está atrasado há dois meses. Segundo os trabalhadores, a greve só termina quando a empresa quitar o valor.

Vencedora de licitação, a Hiplan realiza o trabalho para a Prefeitura há pouco mais de um ano. Entretanto, os funcionários afirmam que essa não é a primeira vez que ficam sem pagamento. "Em janeiro também paramos de trabalhar para forçar a empresa a nos pagar. Dividiram o valor pendente em duas vezes e então retomamos o serviço", disse um motorista que não quis se identificar.

De acordo com os trabalhadores, cerca de 30 homens estão contratados para os serviços da Prefeitura por meio da Hiplan. Eles recebem salário de acordo com dias trabalhados, assim como o aluguel da van, portanto, os valores em atraso são distintos para cada um dos funcionários. Na manhã de hoje, cerca de 20 motoristas pararam suas vans no estacionamento do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), na frente do Paço, para cobrar posicionamento da Secretaria de Transportes.

"A empresa afirma que não está pagando o aluguel das vans porque a Prefeitura não faz o repasse do valor total do contrato há quatro meses. A Hiplan disse que nos paga com recursos próprios desde então, mas esses dois alugueis atrasados não conseguiram e estão esperando resolução por parte da Prefeitura", relatou outro motorista.

Na Saúde, o principal serviço prestado é o transporte de munícipes que fazem hemodiálise, na Capital. "Muitos pacientes hoje ficaram sem o tratamento. Infelizmente não da para continuar trabalhando sem receber", explicou funcionário.

Na Educação os motoristas foram dispensados do serviço, já que a Prefeitura comprou carros próprios. Mesmo assim, o valor que tinham para receber não foi pago. "Não estamos aqui pedindo garantia do emprego. Pelo contrário. Queremos, ao menos, receber pelo serviço que já fizemos. Se daqui para frente a Prefeitura se encarregar de realizar o transporte escolar, ótimo. Mas pelo menos o que trabalhamos temos de receber. As vans foram utilizadas esses dois meses e como fazemos a manutenção se o valor do aluguel está preso nos cofres do Paço?", questionou motorista.

A Prefeitura disse que "realizou o transporte de pacientes prioritários, como os que fazem diálise e aqueles com mobilidade reduzida ou nula, com carros próprios do município e funcionários da Secretaria. Ainda no período da manhã, o serviço de transporte da empresa prestadora foi normalizado sem prejuízos aos pacientes. Na área de Educação, o transporte de alunos da rede municipal não está sendo utilizado, já que é período de recesso escolar."

O Diário aguarda posicionamento da Hiplan. 




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