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Linha-18
Estado evita dar novo prazo sobre Metrô no Grande ABC

Previsão inicial era a de que anúncio sobre escolha do modal para a Linha 18-Bronze seria feito até 30 de junho

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
02/07/2019 | 08:43
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Pixabay


Mais de 90 dias se passaram desde que o governador de São Paulo João Doria (PSDB) esteve em São Bernardo e afirmou que até o fim de junho seria anunciado o modal escolhido para construção da Linha 18-Bronze do Metrô, ligação entre o Grande ABC e São Paulo. O prazo terminou no último domingo, mas até a STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos) evita dar nova previsão para a conclusão dos estudos conduzidos pela Pasta para verificar a viabilidade financeira do projeto. Por telefone, a assessoria de comunicação limitou-se a dizer que “não há qualquer novidade sobre o tema”.

A Linha 18-Bronze está licitada desde 2014, quando o Consórcio Vem ABC venceu certame para construir, por meio de PPP (Parceira Público-Privada), o equipamento, no entanto, a obra nunca saiu do papel.

Desde março, o governo estadual estuda a possibilidade de trocar o projeto original, do monotrilho – modal escolhido após série de estudos e que leva em consideração as características de trânsito e falta de viário para construção de via segregada, além dos problemas com alagamentos devido a avenidas em locais conhecidos como fundos de várzea –, pelo BRT (sigla em inglês para sistema de transporte rápido por ônibus).

Os dois principais argumentos utilizados pelo Estado para a medida é a falta de recursos para as desapropriações ao longo do traçado, estimadas em cerca de R$ 600 milhões, além do fato de que o decreto de utilidade pública que viabilizaria legalmente a ação ter caducado em novembro de 2018.

As duas situações, no entanto, poderiam ser contornadas, segundo o Consórcio Vem ABC. Para os recursos, a saída seria a autorização da Assembleia Legislativa, dada em janeiro desde ano, para que o Estado capte US$ 182,7 milhões (aproximadamente R$ 701 milhões, conforme cotação de ontem) junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Sobre o decreto de utilidade pública, o consórcio alega que mais da metade das áreas estão liberadas para intervenções, pois são públicas.

Durante os últimos três meses, o Diário mostrou como tem sido a experiência de outras cidades em relação aos dois modais. Em São Paulo, o serviço é bem aprovado na Linha 15-Prata, primeiro sistema a integrar o monotrilho à malha ferroviária do Metrô na Capital. Outra vantagem da linha, e que também vai beneficiar o Grande ABC se o projeto original for mantido, é a possibilidade de se construir ciclovias ao longo do traçado. Já no Rio de Janeiro, a população tem colecionado experiências ruins com o BRT construído na época dos Jogos Olímpicos de 2012, tendo em vista buracos, desníveis e falta de manutenção no viário, o que tem aumentado o tempo de percurso.

Do ponto de vista técnico, o Diário também ouviu especialistas que destacaram as vantagens do monotrilho sobre o BRT: viagens mais rápidas, menor poluição por ser silencioso movido a energia elétrica, maior capacidade de atração dos usuários de transporte individual para o coletivo, além de impactos como a revitalização do entorno do traçado e estações, geração de emprego, valorização de imóveis, entre outros.




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