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MP investiga mais uma suspeita de sobrepreço de Cleuza

Inquérito indica que houve superfaturamento de R$ 5 mi na compra de material escolar para Secretaria de Educação de S.Bernardo em 2010

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
29/06/2019 | 09:20
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Denis Maciel/DGABC


O Ministério Público de São Bernardo investiga outra denúncia de sobrepreço praticado na gestão de Cleuza Repulho à frente da Secretaria de Educação, entre 2009 e 2015. A suspeita envolve compra de material escolar para alunos da rede. Parecer técnico solicitado pela promotoria local indicou a existência de chance de superfaturamento de R$ 5 milhões no contrato.

O Diário teve acesso a parte do inquérito que está sob responsabilidade da promotora Luciana Vieira Dallaqua Vinci. Na investigação, foi feita comparação entre as propostas protocoladas pela antiga G8 Comércio de Equipamentos (atual Fio Paraná) e a Kalunga. As duas apresentaram ofertas para o contrato com a Prefeitura de São Bernardo à ocasião. O resultado apurado pelo órgão técnico indicou que a G8 registrou valor de R$ 24,05 milhões na soma dos produtos. A Kalunga, R$ 19,05 milhões. A G8 foi a contratada.

“Tal diferença equivale percentualmente a 20,8% superior, quando comparada aos preços apresentados em fonte de pesquisa referencial utilizada na metodologia técnica de pesquisa”, disse a promotoria, em trecho do inquérito. A quantia não englobou custos de mão de obra para logística.

A licitação envolvia aquisição de material escolar, como lápis, canetas, cola em bastão, envelopes, folhas sulfite, pastas e réguas. “Conforme pesquisa referencial utilizada, a análise ilustra que 41 itens pesquisados e descritos na ata de registros de preços, 34 obtiveram seus preços unitários acima dos cotados no mercado à época dos fatos (em 2010)”, prosseguiu a promotora.

A apuração é sobre a possível participação de Cleuza no caso e inclui também Sérgio Moreira, servidor de confiança de Cleuza na secretaria. Ele era consultor técnico do setor.

Cleuza responde em outras quatro ações civis públicas que tramitam no Fórum de São Bernardo. As acusações recaem em suposto esquema de superfaturamento na compra de outros materiais escolares, de merenda e de uniformes – não houve condenação em nenhuma das ações. Ela sempre negou as imputações. O Diário não localizou a ex-secretária para comentar o inquérito que corre no MP. 




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