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Um é pouco, dois é bom, três é melhor
Natureza em estado de poesia

Cenário que inspirou Vinícius de Moares, região de Visconde de Mauá é uma das joias da Serra da Mantiqueira

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
27/06/2019 | 07:20
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Bia Melo/ Arquivo Pessoal


Região popularmente conhecida como Visconde de Mauá engloba três cidades e dois Estados: Resende e Itatiaia, no Rio de Janeiro, e Bocaina de Minas, em Minas Gerais. A área guarda as belezas naturais do Parque Nacional de Itatiaia, o primeiro do tipo no Brasil, com inúmeras cachoeiras, rios e trilhas. A localidade também é famosa pelas experiências gastronômicas e o frio da Serra da Mantiqueira.

As belezas de Visconde de Mauá, região entre os Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, encantam pela exuberância da natureza, com cachoeiras, trilhas e muito verde. Na Serra da Mantiqueira, a região abrange os municípios fluminenses de Itatiaia e Resende, e a cidade mineira de Bocaina de Minas. Itatiaia foi um dos recantos preferidos do poeta Vinicius de Moraes, que escreveu dois livros em temporadas na cidade, e imortalizou as riquezas locais em seus versos. “Nascentes efêmeras/Em clareiras súbitas/Entre as luzes tardas/Do imenso crepúsculo”, escreveu em Pôr-do-Sol em Itatiaia, de 1940.

A 328 quilômetros de Santo André, a região tem como pano de fundo a Pedra Selada (visível da Rodovia Presidente Dutra/BR-116) e o Pico das Agulhas Negras (que faz parte do Parque Nacional do Itatiaia). Foi dividida em três vilas: a Vila de Visconde de Mauá, a Vila de Maringá e a Vila de Maromba. Reduto de hippies nos anos 1970, especialmente a Vila de Maromba, o local foi se firmando como destino turístico e, a partir da década de 1980, passou a contar com grande número de pousadas requintadas, que pouco a pouco vão substituindo as hospedagens mais simples, e restaurantes com chefs renomados. Hoje, pode-se dizer que o visitante encontra no local um ‘ecoturismo chique’.

Apesar dos aplicativos indicarem que a viagem mais curta pode levar cerca de quatro horas, o trajeto foi feito, ida e volta, em seis horas. No percurso, ao menos cinco pedágios. O antigo Núcleo Colonial Visconde de Mauá foi fundado em 1908 por Henrique Irineu de Souza, filho do visconde Irineu Evangelista de Souza, que recebeu as terras em 1870 como concessão do governo imperial para a exploração de madeira. Em 1916, o núcleo foi emancipado pelo presidente da República Venceslau Brás, que deu o nome à principal rua da Vila de Visconde de Mauá.

A 1.300 metros de altitude, o núcleo recebeu grande número de imigrantes de países europeus (como Suíça, Alemanha, Áustria, Portugal, França, Espanha, Polônia, Hungria e Rússia) atraídos pelo sonho de uma nova vida e pela semelhança da Serra da Mantiqueira com os alpes europeus. Algumas famílias pioneiras foram responsáveis pela abertura das primeiras pousadas.

A região abriga, ainda, o Parque Nacional do Itatiaia, o primeiro do Brasil, criado em junho de 1937. O parque está em uma área de 11.943 hectares, que antes de ser adquirida pela Fazenda Federal, em 1908, pertenceu ao Visconde de Mauá. O nome Itatiaia é de origem tupi e significa penhasco cheio de pontas, pedra pontuda. Apresenta um relevo caracterizado por montanhas e elevações rochosas, com altitude variando de 600 a 2.791 metros, no seu ponto culminante, o Pico das Agulhas Negras.

Na região do planalto do Itatiaia, também conhecida como Parte Alta, encontram-se os campos de altitude e os vales suspensos, onde nascem vários rios. A área do parque abarca nascentes de 12 importantes bacias hidrográficas regionais, que drenam para duas bacias principais: a do Rio Grande, afluente do Rio Paraná, e a do Rio Paraíba do Sul, o mais importante do Rio de Janeiro.

Ao final da Serra da Pedra Selada, a primeira vila que o visitante vai chegar é a de Visconde de Mauá. Nas três localidades – Vilas de Visconde de Mauá, Maringá e Maromba – é possível encontrar diversas lojas, desde as tradicionais de cidades turísticas, com enfeites e comidas típicas, até estabelecimentos refinados, passando pelas sempre presentes barracas de artesanato. Entre os restaurantes, existem opções para todos os gostos e bolsos. Na Vila de Maringá, não deixe de passar pela ponte sobre o Rio Preto e passear do Rio de Janeiro a Minas Gerais em poucos passos.

A repórter viajou a convite da Pousada Casa Bonita, dos restaurantes Gosto com Gosto e Rosmarinus Officinalis e da empresa Remorini Turismo de Aventura
Região popularmente conhecida como Visconde de Mauá engloba três cidades e dois Estados: Resende e Itatiaia, no Rio de Janeiro, e Bocaina de Minas, em Minas Gerais. A área guarda as belezas naturais do Parque Nacional de Itatiaia, o primeiro do tipo no Brasil, com inúmeras cachoeiras, rios e trilhas. A localidade também é famosa pelas experiências gastronômicas e o frio da Serra da Mantiqueira.

As belezas de Visconde de Mauá, região entre os Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, encantam pela exuberância da natureza, com cachoeiras, trilhas e muito verde. Na Serra da Mantiqueira, a região abrange os municípios fluminenses de Itatiaia e Resende, e a cidade mineira de Bocaina de Minas. Itatiaia foi um dos recantos preferidos do poeta Vinicius de Moraes, que escreveu dois livros em temporadas na cidade, e imortalizou as riquezas locais em seus versos. “Nascentes efêmeras/Em clareiras súbitas/Entre as luzes tardas/Do imenso crepúsculo”, escreveu em Pôr-do-Sol em Itatiaia, de 1940.

A 328 quilômetros de Santo André, a região tem como pano de fundo a Pedra Selada (visível da Rodovia Presidente Dutra/BR-116) e o Pico das Agulhas Negras (que faz parte do Parque Nacional do Itatiaia). Foi dividida em três vilas: a Vila de Visconde de Mauá, a Vila de Maringá e a Vila de Maromba. Reduto de hippies nos anos 1970, especialmente a Vila de Maromba, o local foi se firmando como destino turístico e, a partir da década de 1980, passou a contar com grande número de pousadas requintadas, que pouco a pouco vão substituindo as hospedagens mais simples, e restaurantes com chefs renomados. Hoje, pode-se dizer que o visitante encontra no local um ‘ecoturismo chique’.

Apesar dos aplicativos indicarem que a viagem mais curta pode levar cerca de quatro horas, o trajeto foi feito, ida e volta, em seis horas. No percurso, ao menos cinco pedágios. O antigo Núcleo Colonial Visconde de Mauá foi fundado em 1908 por Henrique Irineu de Souza, filho do visconde Irineu Evangelista de Souza, que recebeu as terras em 1870 como concessão do governo imperial para a exploração de madeira. Em 1916, o núcleo foi emancipado pelo presidente da República Venceslau Brás, que deu o nome à principal rua da Vila de Visconde de Mauá.

A 1.300 metros de altitude, o núcleo recebeu grande número de imigrantes de países europeus (como Suíça, Alemanha, Áustria, Portugal, França, Espanha, Polônia, Hungria e Rússia) atraídos pelo sonho de uma nova vida e pela semelhança da Serra da Mantiqueira com os alpes europeus. Algumas famílias pioneiras foram responsáveis pela abertura das primeiras pousadas.

A região abriga, ainda, o Parque Nacional do Itatiaia, o primeiro do Brasil, criado em junho de 1937. O parque está em uma área de 11.943 hectares, que antes de ser adquirida pela Fazenda Federal, em 1908, pertenceu ao Visconde de Mauá. O nome Itatiaia é de origem tupi e significa penhasco cheio de pontas, pedra pontuda. Apresenta um relevo caracterizado por montanhas e elevações rochosas, com altitude variando de 600 a 2.791 metros, no seu ponto culminante, o Pico das Agulhas Negras.

Na região do planalto do Itatiaia, também conhecida como Parte Alta, encontram-se os campos de altitude e os vales suspensos, onde nascem vários rios. A área do parque abarca nascentes de 12 importantes bacias hidrográficas regionais, que drenam para duas bacias principais: a do Rio Grande, afluente do Rio Paraná, e a do Rio Paraíba do Sul, o mais importante do Rio de Janeiro.

Ao final da Serra da Pedra Selada, a primeira vila que o visitante vai chegar é a de Visconde de Mauá. Nas três localidades – Vilas de Visconde de Mauá, Maringá e Maromba – é possível encontrar diversas lojas, desde as tradicionais de cidades turísticas, com enfeites e comidas típicas, até estabelecimentos refinados, passando pelas sempre presentes barracas de artesanato. Entre os restaurantes, existem opções para todos os gostos e bolsos. Na Vila de Maringá, não deixe de passar pela ponte sobre o Rio Preto e passear do Rio de Janeiro a Minas Gerais em poucos passos.


A repórter viajou a convite da Pousada Casa Bonita, dos restaurantes Gosto com Gosto e Rosmarinus Officinalis e da empresa Remorini Turismo de Aventura
 




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