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Sucateamento na Segurança
MP investiga problemas na GCM de Diadema

Após denúncias do Diário, administração tem 30 dias para prestar esclarecimentos

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
07/06/2019 | 08:15
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O MP (Ministério Público) do Estado de São Paulo oficiou a Prefeitura de Diadema a prestar esclarecimentos sobre série de problemas na GCM (Guarda Civil Municipal) da cidade. Desde o dia 17 de abril, o Diário denuncia série de problemas na segurança pública da cidade, como falhas na rede de rádiocomunicadores, que obrigaram os profissionais a se comunicarem por meio de mensagens no WhatsApp; vencimento do porte de arma da maior parte dos funcionários; e guardas utilizando armas de choque (taser) vencidas desde 2015.

Segundo o MP, a administração terá até o início de julho para enviar as informações iniciais. O questionamento abrange também a falta de muro na sede da GCM, que caiu após as fortes chuvas que atingiram a região em 10 e 11 de março. A provocação ao MP foi feita pelo vereador Josemundo Queiroz, o Josa (PT), que anexou ao documento protocolado na Promotoria de Justiça do município as reportagens publicadas pelo Diário.

O parlamentar avaliou que, diante da quantidade de denúncias e da falta de devolutiva e diálogo por parte da Prefeitura, não restou alternativa a não ser oferecer denúncia ao MP. “A situação que hoje acontece na guarda é séria, muito grave. Estamos diante de um sucateamento, de abandono. Situação que está levando os GCMs a correr risco de vida. Espero que nestes 30 dias o MP possa constatar todas as denúncias que foram feitas.”

A primeira reportagem sobre o tema foi publicada pelo Diário em 17 de abril e mostrou que, há pelo menos duas semanas, os guardas usavam os próprios aparelhos celulares para se comunicar. À época, a empresa que presta o serviço de manutenção, a Ramc Telecomunicações, havia retirado dois repetidores da cidade, devido a problemas técnicos. A administração estava com os pagamentos atrasados e devia R$ 226,6 mil. Também foi mostrado que metade da frota da GCM estava fora de circulação, aguardando manutenção.

Em 24 de abril, reportagem mostrou que 98% do efetivo atuava com porte de arma vencido. A Prefeitura reconheceu a situação, mas nunca confirmou a quantidade de guardas afetados. Em 20 de maio, o Diário denunciou que, na falta da arma de fogo, os guardas estavam saindo às ruas com armas de choque (tasers) vencidas desde 2015.

Em nota, a Prefeitura de Diadema informou que os portes de armas foram regularizados “em sua grande maioria” e que existem casos remanescentes que irão refazer o exame, sem especificar quantos.

Em relação ao taser, segundo a administração, o produto não é mais fabricado, não existindo peças de reposição no mercado. “Está em andamento processo licitatório para aquisição de 30 equipamentos modernos para substituição”, informou, em nota.

Ainda de acordo com o Executivo, os radioscomunicadores estão em funcionamento e, em médio prazo, será realizada transferência de uma das torres de transmissão para melhoria do sinal.

Sobre o muro da base da GCM, a Secretaria de Obras promete realizar a construção, mas não estabeleceu prazos. 




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