Distribuição de remédio de alto custo ficará em Santo André (duas), S.Bernardo e S.Caetano
A região deverá contar com quatro unidades da farmácia de alto custo em funcionamento a partir de maio. Demanda do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, a descentralização dos equipamentos se iniciará por São Bernardo, no Poupatempo local, para logo depois começar em Santo André – até então único ponto de distribuição, no Hospital Estadual Mário Covas –, também no Poupatempo, e São Caetano, no Atende Fácil.
Ficou acertado de começar no dia 11 de maio em São Bernardo e a partir dessa data efetivar trabalho de expansão às demais cidades. O cronograma foi debatido com o secretário de Saúde do Estado, José Henrique Germann Ferreira, e contou com a presença do prefeito de Santo André e presidente do Consórcio, Paulo Serra (PSDB), o chefe do Executivo de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), o prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB), a vice-prefeita de Rio Grande da Serra, Marilza de Oliveira (PSD), e o secretário de Saúde de São Bernardo, Geraldo Reple.
Santo André ficará com dois pontos e responsável por fazer a distribuição de medicamentos para pacientes de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, pela localidade, considerada estratégica. A unidade adicional na cidade irá entrar no Poupatempo, dentro do Atrium Shopping, no bairro Homero Thon.
“Em São Bernardo começa a mudança em maio. Para funcionamento tem outros itens (para finalizar). Mas, assim que iniciar essa alteração, já começa a implementação, também para a mudança em Santo André e São Caetano”, alegou Paulo Serra.
São Bernardo irá realizar distribuição para pacientes de Diadema. “Vamos criar um cronograma para a implementação das farmácias. E vamos focar nisso agora, para tirar o quanto antes (o projeto) do papel e colocar em funcionamento estas unidades”, declarou. Com Santo André responsável pela distribuição de três municípios e São Bernardo com a incumbência de gerenciar os medicamentos para pacientes de Diadema, o número de unidades de farmácias reduziu. Havia a discussão de se manter uma destas farmácias descentralizadas em Mauá.
Proposta antiga do Consórcio, em discussão há pelo menos oito anos, a descentralização da farmácia de alto custo deu seu primeiro passo no início deste mês por São Bernardo, após o prefeito Orlando Morando (PSDB) firmar convênio com o governo do Estado de São Paulo.
Apesar de estudos avançados, o projeto não teve concretização nas tratativas no ano passado e chegou a ficar praticamente paralisado durante a gestão do ex-governador Márcio França (PSB). Essa pauta foi incluída em janeiro na lista do Consórcio entre itens prioritários requeridos a Doria.
O Diário noticiou no período longas filas de espera no único equipamento que realizava a entrega dos remédios de alto custo, o Mário Covas. Houve relatos de pessoas que passavam, em determinados dias, tempo superior a quatro horas no aguardo de receber os medicamentos.
Centro de regulação demanda mais estudos
O Cross (Centro de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) regional ainda vai demandar novos estudos para poder ter início efetivo no Grande ABC. Segundo o presidente do Consórcio Intermunicipal e prefeito de Santo André, Paulo Serra, a ideia é resgatar o projeto inicial idealizado pela entidade e atualizá-lo.
“A gente vai (re)iniciar estudos, eles (a Secretaria de Saúde do Estado) por aqui e nós por lá (no Consórcio Intermunicipal). Tinha um projeto inicial lá dentro do Consórcio e agora vamos atualizar estas propostas para fazer uma reunião técnica”, pontuou o prefeito. O novo encontro deve acontecer dentro de 30 dias.
Para Paulo Serra, ainda precisa ter avaliação de custos e da operação para esquadrinhar os serviços de saúde que poderão ser distribuídos e em quais equipamentos. O secretário de Saúde do Estado, José Henrique Germann, pediu que os municípios utilizassem toda a rede municipal de Saúde, enquanto o Estado utilizaria os dois equipamentos de alta complexidade no Grande ABC: o Hospital Mário Covas, em Santo André, e o Serraria, em Diadema.
Apresentado no início de 2017, o projeto do Cross tem como objetivo garantir aos pacientes da região que aguardam na fila por procedimentos que eles serão atendidos em equipamentos instalados no Grande ABC. Atualmente, com o controle de vagas sendo feito pelo Estado, moradores das sete cidades acabam sendo encaminhados para atendimento na Capital ou em cidades da Região Metropolitana.
Paulo Serra declarou que Germann se mostrou favorável à gerência do plano ser realizado pelo Consórcio. Um dos objetivos iniciais era a existência de um escritório de gerenciamento dentro do próprio prédio co Consórcio.
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