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Por laudo errado
Família de Lula estuda entrar com ação contra Hospital Bartira

Medida é ensaiada diante de vazamento e diagnóstico sobre morte de Arthur Araújo

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
09/04/2019 | 07:34
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Divulgação


A família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ensaia ir à Justiça contra o Hospital Bartira, da Rede D’Or, em Santo André, contra o vazamento antecipado do boletim médico de Arthur Araújo Lula da Silva, 7 anos, neto do petista, que morreu no dia 1º de março, vítima de infecção generalizada, causada por bactéria denominada Staphylococcus aureus. A decisão está atrelada ao fato, inclusive, de o diagnóstico informado pelo hospital, na ocasião, de meningite meningocócica, não ter se confirmado após análise dos exames.

A informação sobre a medida foi adiantada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo Diário. O equívoco do hospital foi explicitado apenas no começo da semana passada, depois de a Prefeitura de Santo André emitir nota admitindo que exames feitos pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, afastaram a meningite como causa da morte de Arthur. Apesar da notificação repassada pelo Bartira, na qual dizia que o neto de Lula tinha sido acometido pela doença, o resultado do exame de líquor realizado no mesmo dia pelo próprio hospital, acusou bacterioscopia negativa. O Paço afirmou no comunicado que, após a morte, encaminhou amostras para análise e confirmação do diagnóstico. Os exames descartaram meningite.

Ex-ministro da Saúde, o deputado federal e médico Alexandre Padilha (PT) acionou o Cremesp (Conselho Regional de Medicina) para apurar a conduta dos profissionais do hospital a respeito do vazamento. “Esse vazamento fez a divulgação de certo diagnóstico. Isso, além de ser agressão à família de Arthur, é uma agressão à saúde pública”, citou o parlamentar, na oportunidade.

Questionado, o Cremesp admitiu a abertura de investigação interna, evitando dar detalhes. Reconheceu, contudo, que, caso seja provado que houve participação médica no equívoco, haverá punição aos envolvidos. “O Cremesp instaurou sindicância para apurar os fatos denunciados. A sindicância tramita em sigilo processual determinado por lei”, registrou, em nota.

Arthur deu entrada no Bartira às 7h20, “com quadro instável”, segundo boletim médico. A criança chegou a local com febre, náuseas e dores abdominais. O quadro se agravou, e a criança morreu às 12h36 do mesmo dia.

O Bartira não se manifestou quando questionado sobre a postura do Cremesp. Ao ser confrontado pelo Diário sobre a causa da morte de Arthur, o hospital afirmou que reiterava o boletim enviado à imprensa no dia da morte do menino. A diferença, contudo, é que o comunicado enviado, posteriormente, tirou o termo “meningite meningocócica” e citou que o garoto faleceu “devido ao agravamento do quadro infeccioso”.  




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