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Expectativa
Região depende de aval da Caixa sobre financiar Piscinão Jaboticabal

Ministro sugeriu utilização do FGTS para viabilizar equipamento nas divisas

Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
31/03/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 Na dependência de possível aval da Caixa Econômica Federal para ver amenizado o histórico de enchentes, o Grande ABC aguarda ainda pelo resultado da consulta firmada junto à instituição bancária por financiamento do Piscinão Jaboticabal. O prazo venceu ontem. O equipamento é planejado nas divisas entre São Paulo, São Bernardo e São Caetano, e tende a minimizar impactos das inundações, como aquelas que resultaram em inúmeros prejuízos materiais e dez mortes na região na primeira quinzena de março.

Logo após o episódio das cheias, o governador do Estado, João Doria (PSDB), deu a garantia de que irá desengavetar o projeto de construção do piscinão, que se arrasta há pouco mais dez anos. O tucano alegou, contudo, que busca recursos financeiros por intermédio do banco para realizar o processo de desapropriação da área de 110 mil metros quadrados do espaço e assim iniciar a licitação da obra.

Diante de estudos, a primeira opção analisada, em encontro realizado dia 14 no próprio Palácio dos Bandeirantes – com a presença dos prefeitos do Grande ABC e do ministro Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto –, foi utilizar empréstimo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para bancar a intervenção, que tem orçamento estimado de quase R$ 400 milhões. “Essa é uma obra cara e será feita junto com o governo federal”, sentenciou o governador, na ocasião. Canuto estabeleceu prazo de 15 dias, portanto, já expirado, para anunciar a resposta dessa tentativa. Esse período era para que o pleito fosse levado ao conselho curador da Caixa quanto à análise da viabilidade de se efetivar tal operação.

Questionado na sexta-feira sobre o prazo da Caixa, o presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), afirmou que ainda não houve retorno em relação às tratativas. O projeto do Jaboticabal para armazenar as águas da chuva registra 900 mil metros cúbicos de capacidade, o que, na avaliação dos chefes de Executivo da região, poderia amenizar a catástrofe caso já estivesse pronto. O piscinão seria nas proximidades da Rodovia Anchieta e na confluência entre os ribeirões dos Couros e dos Meninos, beneficiando cerca de 932 mil habitantes. E se manteve no papel por quatro gestões, passando por José Serra (PSDB), duas de Geraldo Alckmin (PSDB) e Márcio França (PSB).

Durante o ato, o ministro acatou a pauta. Canuto citou, na oportunidade, que a construção do Jaboticabal “é um desafio orçamentário”. “Nossas equipes já irão se debruçar para buscar saídas e possibilidades.” Doria se comprometeu, por sua vez, a providenciar a declaração de utilidade pública para a desapropriação do terreno, que receberá o reservatório.

O Diário não conseguiu contato com assessoria da Caixa.




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