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Sábado, 27 de Abril de 2024

Em nome de um sonho

Com trilha sonora de Elton John, ‘Billy Elliot – O Musical’ estreia sexta na Capital

Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
12/03/2019 | 07:09
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João Caldas/Divulgação


Todo mundo guarda dentro de si um sonho a ser alcançado. Alguns querem constituir família, outros, comprar uma casa própria, mas há quem apenas queira sair de onde vive para tentar uma vida melhor. Foi justamente isso que almejou o pequeno Billy Elliot, cuja história será contada a partir de sexta em musical que leva seu nome, a ser apresentado no Teatro Alfa, em São Paulo. Com trilha de Elton John, o espetáculo – que já foi assistido por 8 milhões de pessoas em todo mundo – é baseado no filme dos anos 2000, dirigido por Stephen Daldry.

A montagem conta a história de Billy, um menino que descobre querer ser bailarino contra a vontade do pai, vivido pelo ator Carmo Dalla Vecchia. “Trata-se do contraponto na busca pelo sonho de Billy”, comenta Vecchia. O menino vive em meio ao conflito de sua família e comunidade, causado pela greve dos mineiros britânicos (1984-1985), em County Durham, no Nordeste da Inglaterra. Eles batalham contra as ações do governo de Margaret Thatcher (1925-2013).

Quem também se contrapõe ao sonho do bailarino é seu irmão, Tony, vivido por Beto Sargentelli, que já se apresentou diversas vezes no Grande ABC. “Ele é um dos líderes do sindicato dos mineradores, que estão lutando por melhorias dentro da mina de carvão. Para ele, a vontade do irmão de ser bailarino é algo muito pequeno em meio à crise que a Inglaterra passava à época”, explica. Além disso, havia a questão do machismo, de não admitir que um homem escolha ser bailarino, realidade de muitos dançarinos ainda hoje.

Em uma das cenas emblemáticas, ressalta, está a conversa entre ele e o pai, que começa a se enternecer com a vontade de Billy em ser dançarino. A peça como um todo, acrescenta, promove muita reflexão. “Está longe de ser entretenimento, tem um cunho social-político. Neste ano que estamos vivendo, temos uma grande pérola nas mãos e contar a história desse grupo de pessoas não tem como a gente não se espelhar”, adianta.

O espetáculo, que conta com 49 atores, 17 músicos e mais de 80 técnicos, traz um arrojado projeto de cenografia desenvolvido especialmente para o Brasil, concebido pelo norte-americano Michael Carnahan. Entre os destaques estão pontes automatizadas, de 13 metros de comprimento, e uma parede de backstage, que remete ao interior de uma mina de carvão, em boca de cena de 12 m de altura.

E a icônica cena do voo de Billy não vai faltar. O diretor de voo R.J. Scala, norte-americano envolvido nas produções de O Rei Leão, Mary Poppins, Wicked, entre outros musicais da Broadway, veio ao Brasil para ensinar os três Billy’s a voar no sistema automatizado importado da produção original de Billy Elliot.

Billy Elliot – Musical. No Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, em São Paulo. De sexta (20h30), sábado (15h e 20h) e domingo (14h e 18h30), até 30 de junho. Ingressos de R$ 75 a R$ 310, à venda em Ingresso Rápido.  




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