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Quarta-Feira, 8 de Maio de 2024

Palavra do Leitor
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Palavra do leitor
Boechat e a tragédia nossa de cada dia
Do Diário do Grande ABC
14/02/2019 | 12:08
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“Quando a gente chora, sofre, lamenta o fato ocorrido ontem, a gente parece estar anestesiado ou gostar da anestesia que nos faz esquecer desse fato tão logo surja o fato de amanhã, que terá o mesmíssimo tratamento.”

Eis o último comentário do jornalista Ricardo Boechat na Rádio BandNews FM na última segunda-feira pela manhã, poucas horas antes de falecer em decorrência da queda de helicóptero em que era um dos passageiros em pleno Rodoanel.

Obviamente que o comunicador não tinha ares de profeta e não falava de seu infortúnio, que chocaria todo o Brasil, mas estava se referindo às mais recentes tragédias nacionais. O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (Minas Gerais), levando lama e caos, ceifando centenas de vidas; as fortes chuvas do Rio de Janeiro, que causaram sete mortes e outros tantos desabrigados; e o triste incêndio no centro de treinamento do Flamengo, causando a morte de dez jovens e ferindo outros três.

A mensagem que nos traz a fala final do saudoso Boechat é a triste constatação de que nos acostumamos com as tragédias, e mal temos tempo para digerir uma, lá vem outra. Encaramos irresponsabilidades, imprudências e crimes como acidentes inevitáveis. Não pedimos apuração nem exigimos investigação. O que nos resta é lamentar as vidas perdidas, entristecer ao ver as cenas se repetindo como em looping e aguardar bovinamente pelo próximo descaso.

A história da formação da moral, cultura, religião e ética da sociedade brasileira talvez explique essa pacificidade exacerbada perante aos fatos. Nossa letargia é questão de sobrevivência e fomos acostumados a obedecer, sem questionar.

O rompimento da barragem de Brumadinho tem como causa negligência e como consequência vários crimes ambientais e contra a sociedade que ali habitava. As enchentes causadas pelas chuvas no Rio de Janeiro se agravaram devido à negligência do poder público. O incêndio no CT do Flamengo não se deu por falta de aviso, já que não possuía alvará e fora multado por mais de 30 vezes. Por fim, o acidente com o helicóptero que transportava o jornalista não tinha autorização para operar como táxi-aéreo. Em todas essas ocasiões, repito, não houve acidente inevitável, eram situações que poderiam ter sido evitadas.

Talvez o ‘canto do cisne’ de Ricardo Boechat tenha servido como alerta para que um dia possamos deixar de nos conformar com aquele ditado popular que prega que o ‘jornal de hoje embrulha o peixe na feira de amanhã’. Em outras palavras: que a vida continua sem controle e sem consequência, com os fatos se sucedendo sem reação e que a nós só resta esperar a próxima tragédia.

Caio Bruno é jornalista e morador de São Caetano. 

Palavra do leitor

Planta monstro

 Reclamo de monstruosa árvore na minha calçada, na Rua Lourenço da Veiga, Parque Neide, em São Bernardo, há 11 anos (último protocolo é o 70.688, de 31 de agosto). Ela provocou enorme rachadura, que está se encaminhando para o outro lada da minha garagem. Essa rachadura já está levantando e fazendo pequeno degrau, inutilizando o portão para entrada e saída do carro, pois não abre o suficiente e, por causa disso, fica na rua, enchendo de folhas a calha. Uma das reclamações, a de número 29.025, foi deferida dia 27 de julho de 2016, mas até o momento nada foi feito. Estou desesperada, pois se nada for feito em breve, minha garagem ficará destruída. Até quando o carro ficará na rua?

Purificação Casado de Souza

 São Bernardo

Falsa moral 

 Apesar de existir desde quando o mundo é mundo, ela passou de geração em geração agindo na mente das pessoas de várias formas. Contaminou o mundo, principalmente o Brasil, que, pela simplicidade da população, acreditava nos políticos, juízes, e todo tipo de ‘autoridade’, que iria trazer esperança aos mais necessitados. Estou falando da falsa moral, que é o maior câncer dos que almejam subir na vida, prometendo mundos e fundos, aproveitando da ignorância do povo, que confia na palavra de pessoas sem o mínimo de escrúpulos, idoneidade e vergonha na cara, para prejudicar a Nação e principalmente a vida de quem reza e pede a Deus para Brasil melhor. Portanto, continuemos a ser bons, porque a bondade faz parte dos planos de Deus. Mas jamais ser bobos, porque a inteligência foi dada àqueles que se acham espertos, mas a sabedoria, àqueles que são humildes de coração e realmente se preocupam com o semelhante. 

Sérgio Antônio Ambrósio

 Mauá

Passageira

 Sou passageira indignada com a retirada do ônibus via Castelo Branco, em São Bernardo. Eu – como muita gente – preciso e dependo desse coletivo para trabalhar. Tiraram três deles, alegando obras, mas é pura mentira. Tiraram mesmo. A qualidade dos ônibus continua péssima. Colocam os piores para nosso bairro Cooperativa, em São Bernardo. Esse bairro sempre foi prejudicado por não ter opção de ônibus. Espero que nossos vereadores, junto com o prefeito, tomem solução para o nosso bairro, voltando a ser como antes. Todos os moradores estão indignados.

Sônia Lucia de Farias

São Bernardo

STF

 Prega o ditado que quem não deve não teme! Mas o Supremo Tribunal Federal treme! Por quê?

Aparecida Dileide Gaziolla

 São Caetano

Locação 

 Sobre a reportagem ‘Santo André entrega cinco ambulâncias’ (Setecidades, dia 12), a Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Saúde, informa que o contrato de locação, no valor de R$ 400 mil, que tem com a empresa Taxco Locadora de Bens Ltda corresponde à locação de 36 veículos e não apenas às cinco novas ambulâncias entregues dia 11. Devido ao número insuficiente de veículos e da dificuldade em realizar a manutenção e conservação pelo alto custo, a contratação de veículos terceirizados é de extrema importância para o serviço de qualidade oferecido aos usuários, já que todos os 36 veículos da Taxco estão em perfeito estado de conservação, atendendo o programa QualiSaúde. Com isso, o serviço de transporte ambulatorial, como de hemodiálise e quimioterapia, proporciona a qualidade de transporte que esse tipo de tratamento necessita, já que em hipótese alguma o paciente pode deixar de chegar ao seu destino, seja por carro quebrado ou acidentado. Vale ressaltar também que as novas ambulâncias terão todo aparato para realizar atendimento de trauma ou transferência inter-hospitalar de paciente de alto risco.

Prefeitura de Santo André




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