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Memória
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A tarde da palavra escrita
Por Ademir Medici
12/02/2019 | 07:00
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 Encontro de escritores independentes na Câmara Municipal de São Paulo demonstra disposição em defesa do livro impresso

“Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias.”

Pablo Neruda, citado pela escritora Ana Jalloul, dia 21 de janeiro, no Diário, quando da abertura do Encontro São Paulo de Literatura.

Vinte dias depois de ter sido aberto no Diário do Grande ABC, o Encontro São Paulo de Literatura, uma promoção da Editora Matarazzo, foi encerrado na Câmara Municipal de São Paulo, em sessão solene no sábado à tarde que teve a participação de escritores, historiadores, bibliotecários, jornalistas, radialistas e demais apaixonados pela palavra escrita.

Todas as atenções voltaram-se à jornalista Thais Matarazzo, a jovem editora que a partir de 19 de março de 2015, quando a Editora Matarazzo foi criada, já lançou 120 títulos de livros de história e memória, poesia e crônicas, pensamentos e a mais pura literatura que se possa imaginar.

Thais recebeu flores e distribuiu diplomas de gratidão e congratulações aos que, junto à Editora Matarazzo, contribuem “para o enobrecimento da literatura nacional e da língua portuguesa”.

O vereador Quito Formiga, que propôs a realização da sessão, não pôde comparecer. Mas lá estava gente como Camila Giudice, outra jovem participante deste projeto literário, ilustradora, artista plástica responsável pela maioria das capas e ilustrações dos livros da Editora Matarazzo.

O Diário do Grande ABC foi homenageado. Idem a Rádio Trianon (cuja semente é a Rádio Clube de Santo André) e o Jornal do Brás. E o padre Armênio Nogueira, apresentador do programa Caravela do Fado, pela Trianon, sintetizou a importância daquele momento: “Nós acreditamos num projeto, não no sonho”.

Outro participante da mesa, José Carlos Teixeira, do programa de rádio Os Imigrantes (Trianon) lembrou que os livros impressos estão acabando, as livrarias, fechando, mas que uma jovem como Thais Matarazzo acredita e investe para que a palavra escrita sobreviva.

Cada manifestante teve uma revelação envolvendo a sua ligação com Thais Matarazzo. Caso da historiadora Ingrid Ribeiro de Souza, que cuida do Museu da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo: “Devemos à Thais o início da programação aos sábados no museu. E o museu, que estava esquecido, está mostrando as caras”.

Thais foi uma das primeiras a descobrir a importância dos livros de registros das chamadas rodas das crianças enjeitadas e acolhidas pela Santa Casa paulistana a partir do século XIX para efeito de pesquisa histórica e literária.

Emocionadíssima, Thais foi valente e não chorou. Sua fala na tarde de sábado pode ser sintetizada em duas palavras: heroísmo e resistência. Afinal, imprimir livros nestes tempos de redes sociais não é fácil.

Diário há 30 anos

Domingo, 12 de fevereiro de 1989 – ano 31, edição 6987

Manchete – Congresso pode vetar medidas provisórias do Plano Verão, ameaça o deputado Ulysses Guimarães, presidente da Câmara Federal

Congelamento ameaça sacolões.

Montadoras de automóveis querem repasses nos preços.

Educação – O novo presidente do Conselho de Curadores da Fundação Santo André, Gilberto de Andrade Martins, planeja investimentos nas áreas de pesquisa. Em entrevista à repórter Vanilda Sant’Anna, ele garantiu que a Fundação sairá do estágio de giz e lousa.

Em 12 de fevereiro de...

1874 – Comarca de São Paulo é dividida em dois distritos especiais; no primeiro inclui-se o Grande ABC, então denominado Freguesia de São Bernardo.

1894 – Manoel Corazza nasce em São Bernardo. Fundador e primeiro presidente da Associação Comercial e do Palestra local; e fundador do Sindicato dos Moveleiros (patronal).

1919 – Companhia Industrial de Ribeirão Pires publica dois anúncios: 1 – liberado o pagamento dos juros de debêntures vencidos em 1º de fevereiro; 2 – convocada assembleia geral para apresentação do balanço e contas do exercício de 1918 e eleição do novo Conselho Fiscal.

Nota – Alô, integrantes da Associação Pró-Memória de Ribeirão Pires, que tal falar um pouco desta companhia industrial? Afinal, há um século, a cidade já possuía uma grande organização privada, inclusive com escritório na Capital, à Rua Líbero Badaró, 134, segundo andar.

Do noticiário do Correio Paulistano: o Japão ameaçou a China de declarar-lhe guerra.

Em São Paulo, construía-se o novo edifício da penitenciária, no bairro do Carandiru.

Em Crônicas da Cidade, o Estadão publicava o texto ‘A futura catedral’, assinado por ‘F’: “Como é sabido, prometeu-se a catedral para 1922, de sorte a poder-se comemorar o centenário da Independência. Mas parecem tão atrasadas as obras, que a gente não tem esperanças de que daqui a pouco mais de três anos já a catedral esteja pronta”.

Nota – Um século depois, a crônica de 1919 poderia ser usada para se questionar se o Museu Paulista, da USP (Universidade de São Paulo), no bairro do Ipiranga, estará pronto para reabertura nas comemorações do bicentenário da Independência.

Santos do Dia

Antonio de Constantinopla. Faleceu em 12 de fevereiro do ano 901. Patriarca de Constantinopla.

Etevaldo. Bispo. Encadernou o livro dos Evangelhos, que seu antecessor havia copiado e preservado, cópia que pode ser encontrada no Museu Britânico. Faleceu no ano 740.

Eulália. Santa espanhola do século II. Martirizada aos 14 anos de idade.

Municípios Brasileiros

Celebram aniversários em 12 de fevereiro:

No Pará, Rurópolis

Em Santa Catarina, Taió

Fonte: IBGE




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