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Sábado, 27 de Abril de 2024

Internacional
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Mudanças climáticas
Da Argentina aos EUA, o cotidiano de quem enfrenta o frio e o calor extremo
31/01/2019 | 14:13
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Janeiro termina com temperaturas recordes nos dois hemisférios do planeta. Se na América do Norte, uma gigantesca massa de ar polar que se desprendeu do Ártico levou temperaturas de até - 40ºC no meio-oeste dos Estados Unidos, no sul do continente, Buenos Aires enfrenta uma onda de calor com temperaturas de até 37ºC, com a sensação térmica de até 45ºC.

Outros países como o Reino Unido e a Itália também sofrem com o frio. Na semana passada, a Austrália também enfrentou uma onda de calor.

Acostumados a um clima mais ameno, os portenhos definem a temperatura atual como insuportável. Garrafas de água gelada e até guarda-chuvas para se proteger do sol tornaram-se companheiros inseparáveis dos argentinos neste mês de extremos.

"Nunca fez tanto calor assim. Claro que o verão é quente, mas não tanto", diz Jorge Gallardo, enquanto busca refúgio do sol num ponto de ônibus. "Para mim é culpa das mudanças climáticas."

Além do calor, a umidade do ar, que na capital da argentina supera os 60%, incomoda bastante. "Se o clima fosse mais seco, seria mais suportável", avalia Gallardo.

Outros argentinos recorrem a sucos, frutas e até panos molhados no pescoço para fugir das altas temperaturas. Algumas frutas são oferecidas de maneira gratuita em barracas no centro da cidade. O mate, claro, também não falta. Mas num verão de quase 40º C, a bebida nacional argentina é tomada fria, como o tereré paraguaio. "Com um pouquinho de laranja e gelo fica fantástico", diz Gallardo. "Mata a sede e hidrata. É bárbaro."

A temperatura alta também provoca na argentina cortes de energia, em virtude do elevado consumo de luz com aparelhos de ar-condicionado e da infraestrutura sobrecarregada do sistema de energia elétrico. A prefeitura da cidade também enviou alertas para a saúde na onda de calor, que envolvem poupar-se de exercícios físicos.

Onda de frio toma o meio-oeste dos EUA

Já nos Estados Unidos, a rotina de cuidados é a mesma, com a temperatura no outro extremo dos termômetros. A água gelada e os guarda-sóis dão lugar aos agasalhos pesados, máquinas de limpar neve e estoque de alimentos. Escolas fecharam e moradores foram orientados a não sair para a rua.

Nas grandes cidades, os moradores de rua são os que mais sofrem. "Estou com frio e com medo", diz Tony Neeley, que vive em Chicago, enquanto pedia dinheiro para tentar alugar um quarto de hotel para passar a noite.

Ele teme ir para um abrigo da prefeitura. "As pessoas não entendem. A gente tem medo dos abrigos por causa das pulgas e dos roubos", diz. "Mas tenho muito frio e essas são as únicas roupas que temos". Desde a quarta-feira, 30, seis pessoas morreram em virtude da onda de frio nos Estados Unidos.

Em Estados agrícolas, como Iowa, fazendeiros chegaram a construir iglus para proteger galinhas do frio e compraram rações extras para porcos para esperar a onda de frio passar. Os animais estão comendo mais para criar a gordura necessária para superar a onda de frio. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS




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