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Linha da vida
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Fotógrafo do Diário, Nario Barbosa expõe sua arte na Biblioteca Parque Villa-Lobos

Miriam Gimenes
30/01/2019 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Quem vê o emaranhado de linhas pode até duvidar que dali vai sair uma obra de arte. Mas é exatamente esta a definição do trabalho do fotógrafo do Diário Nario Barbosa, que, além de fazer registros incríveis com suas lentes, também borda as imagens. E o resultado deste trabalho artesanal pode ser visto a partir de hoje na Biblioteca Parque Villa-Lobos, em São Paulo, na exposição Lembra, Corpo?, promovida pelo Museu da Pessoa.

A diferença deste trabalho é que Nario – que aprendeu a bordar com a mãe e a avó, em sua terra natal, Sergipe –, fez sua arte em cima de acervo produzido pela instituição ao longo do ano passado. Ao todo, a mostra, sob a curadoria do escritor e editor Diógenes Moura, contará 23 histórias de vida, com fotografias de famílias brasileiras.

O fotógrafo se diz honrado de participar deste projeto, o qual se dedicou nos últimos dois meses. “É muito bom resgatar um pouco da memória, da lembrança das pessoas. Esses encontros de família, os álbuns, antigamente existiam muito e hoje, com a tecnologia, as pessoas não imprimem mais as fotos, não guardam mais isso, é uma prática que está se perdendo.” Segundo ele, quem apreciar as imagens que estarão na exposição facilmente se identificará com as cenas registradas. “Tem, por exemplo, aquela foto clássica da criança em frente a um cenário montado na escola, com um globo terrestre em cima da mesa. É bem nostálgico.”

A fundadora e curadora do Museu da Pessoa, Karen Worcman, complementa: “A exposição propõe uma reflexão sobre a relação entre o corpo e a memória. Cada corpo tem sua história. Em cada corpo cabem muitas histórias. Às vezes esquecidas, às vezes escondidas, às vezes fingidas. Lembra, Corpo? desafia cada um de nós a refletir sobre como o corpo e a memória se conectam e se misturam, seja com as nossas próprias histórias de vida, seja com as dos outros”.

Diógenes Moura diz não se tratar apenas de uma exposição de textos e fotografias. “É também um filme, um livro, a segunda pele de cada um de nós e do próprio verso do poeta grego Konstantinos Kaváfis, que deu título à mostra. Lembra, Corpo? trata de passado, presente e futuro. Trata de desejo. Trata de existência.”

A exposição também contará com espaço dedicado a pessoas com doenças dermatológicas, como a dermatite atópica, e contará suas histórias, de familiares e médicos que tratam essas doenças, com o intuito de reduzir o preconceito.

Lembra, Corpo? – Exposição. Na Biblioteca Parque Villa-Lobos (Av. Queiroz Filho, 1.205), em São Paulo. Hoje, a partir das 11h. Até 3 de março. De terça-feira a domingo, das 9h30 às 18h30. Gratuito. 




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