É extremamente preocupante a informação de que o resgate de um quarto da população do Grande ABC, moradores de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, depende de apenas quatro ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Reportagem publicada nesta edição do Diário mostra que, por falta de manutenção, cinco viaturas que prestam o serviço nas três cidades da região estão paradas em pátio do governo mauaense, responsável pela conservação dos veículos. Lamentável.

Pela importância que possuem para o restabelecimento dos pacientes, serviços de remoção de emergência deveriam estar sempre com a frota completa e com a manutenção em dia. Exatamente por isso é lamentável que a Prefeitura de Mauá não tenha renovado em tempo hábil o contrato de manutenção dos veículos a diesel – o que inclui as ambulâncias do Samu. O acordo está vencido desde 8 de agosto e o Paço deve R$ 44 mil à empresa Retífica de Motor Vidro Ltda, da Vila Maria, na Capital.

O atual governo mauaense, encabeçado por Atila Jacomussi (PSB), transfere a culpa para a interina Alaíde Damo (MDB), que ficou à frente da Prefeitura entre maio e junho, período em que o titular esteve preso. Disputa política à parte, a verdade é que a emedebista complicou ainda mais a situação fiscal do município, que já não andava boa, com o decreto de calamidade financeira assinado em 6 de julho – e revogado pelo socialista assim que retomou o controle do Paço.

O fato é que algo precisa ser feito urgentemente para que o pronto-socorro de parcela significativa da população regional não seja comprometido pela desordem financeira que se abate sobre Mauá. Até porque as ambulâncias sob tutela da administração mauaense servem a outros municípios – o que, talvez, justificasse intervenção estadual ou até mesmo federal nesta questão específica. Atila promete solucionar a falta de manutenção das viaturas em breve, recorrendo a outros contratos em vigor. A esperança é que não seja tarde demais para quem precisa de socorro imediato.