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Natural do Ceará
Travesti veio para Santo André para se prostituir

Irmão de Karholine, morta a facadas no domingo, revela que jovem teve vida triste

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
26/10/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A travesti Karholine, 31 anos, morta a facadas no último domingo, na Avenida Industrial, em Santo André, teve uma vida “triste”, conforme relatou o irmão Lineker Mendonça, 28. Ainda como Rodolfo Mendonça da Silva, a jovem chegou na região há dez anos para se prostituir, acreditando na promessa de “vida melhor” feita por uma cafetina.

Segundo o irmão – que reconheceu o cadáver de Karholine na última terça-feira, no CHM (Centro Hospital Municipal) Dr. Newton da Costa Brandão, no município andreense –, quando a jovem saiu de sua cidade natal, em Fortaleza, no Ceará, já “tinha um jeito afeminado”, porém, não se prostituía, tampouco travestia-se. “Meu irmão já era usuário de drogas, mas não fazia nada além disso. Ele foi para Santo André já sabendo o que faria (prostituição) e foi então que aprendeu tudo de errado que a vida poderia ensinar.”

Por conta do vício em drogas, a travesti passou a roubar a casa em que morava e acabou morando na Cracolândia por “curto período”, conforme Silva. Ultimamente, Karholine vivia embaixo de um viaduto, no entanto, a família não tinha mais notícias dela há pelo menos cinco anos.

Silva conta que Karholine era uma pessoa tranquila, mas depois que consumia drogas, tornava-se agressiva e intolerante. A jovem ficou, inclusive, presa por oito meses por tentativa de homicídio. “Sei que meu irmão cometia pequenos furtos e que já agrediu muitas pessoas.”

Para saber um pouco mais sobre a vida que Karholine levava, Silva foi até o local onde ela estava vivendo, em Santo André. “Disseram (colegas de rua) que ele ficava muito chato quando usava droga e que tinha desavenças com muitas pessoas e clientes.”

Silva lamenta ter velado e enterrado o corpo do familiar sozinho, mas preferiu não transferir o cadáver para o Ceará. A família ainda aguarda informações sobre o desfecho do caso. “Não acho que meu irmão tenha sido alvo de ataque. Acredito que tenha morrido por desavenças próprias”, disse.

A Polícia Civil continua buscando informações para solucionar o caso. O intuito é descobrir, a partir da análise de imagens de câmeras de Segurança, a autoria do crime. 




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