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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

Empresas brasileiras aderem às redes sociais
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
11/04/2010 | 07:32
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A internet é a mídia que mais cresce no Brasil e, de olho na expansão desse mercado, as empresas têm investido pesado no segmento. Só em 2009 foi cerca de R$1,3 bilhão com crescimento médio de 30% e participação de 6%. "Em quatro anos, a internet deve assumir o segundo posto no ranking de investimentos publicitários no País, hoje ocupado pelos jornais", prevê Pedro Cabral, presidente do IAB (Interactive Advertising Bureau) Brasil e da Isobar America Latina.

As palavras de Cabral são carimbadas pelo diretor executivo da Iab, Ari Meneghini, que afirma que os lucros com publicidade on-line já empatam com as feitas no rádio. "A diferença é que ainda temos muito potencial a ser explorado", aponta o gestor.

A verdade é que com 67 milhões de usuários plugados todos os dias, a internet no Brasil é negócio em plena expansão. "Somos o povo mais conectado do mundo. Talvez pela dificuldade de locomoção em grandes cidades, 86% dos brasileiros, com 16 anos ou mais, navegam. O tempo que as pessoas ficam conectadas aqui também é muito alto. Isso porque não temos banda larga acessível à maioria", pontua Meneghini.

Ainda segundo o diretor, o consumidor que acessa o produto na web tem outra visão do negócio daquele que vê a propaganda na TV. "Quando se anuncia na TV, você não sabe se a pessoa está na sala ou se mudou de canal. Na internet, o usuário carregou a página porque quis e vai ver. Se haverá efeito, dependerá da pessoa, mas será impactada, o que você não garante na TV."

O professor de Comunicação interativa e varejo e-commerce da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) Pedro Waengertner, afirma que a internet é porta de entrada na casa de consumidores tanto para pequenas empresas quanto para grandes conglomerados.

"É possível comprar verbas em sites de pesquisa por cliques e com preços baixíssimos. Isso acontece como leilão, depende da palavra e de onde sua empresa aparecerá na página. Além disso, as redes sociais são grande ferramenta, que podem ser utilizados com investimento muito pequeno".

Ainda mais - Com possibilidade de crescimento de mais 30% neste ano, a IAB trabalha para explorar cada vez melhor o nicho de mercado na internet. A expectativa do setor é movimentar R$ 1,7 bilhão. "A classe C hoje se destaca muito entre os usuários. E é um público que temos muita intenção de atingir", conclui Meneghini.

Internet também facilita parcerias comerciais
Além de tornar mais fácil o acesso direto ao consumidor final, a internet também se destaca como canal para firmar parcerias. É o caso do Webtranspo, primeira rede social focada em Transportes, Logística e Comércio Exterior. A carteira de clientes e prospecções da companhia é composta apenas por empresários que atuem no ramo.

Desde 2001, a marca está no mercado como portal especializado em conteúdo e serviços focados no segmento. E agora trabalha com a rede para aproximar novas parcerias. "Somos pioneiros no projeto do portal e com a rede social ousamos mais uma vez", explicou o executivo Roberto Santos, especialista financeiro.

A internet é uma iniciativa inteligente para captarcliente, mas também pode orquestrar rede de parceiros e chamar a atenção de concorrentes. Auxilia no desenvolvimento de produtos, na otimização de ideias, e na formação de grupos para baratear compras, argumenta o professor Pedro Waengertner.

De acordo com o acadêmico, a tendência deve tornar-se cada vez mais forte no Brasil nos próximos anos. Na sua avaliação, "a internet ainda pode ser muito mais explorada. Muitos não conhecem seu poder. Há muito mais para utilizar".




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