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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

De advogada a ré

O furor midiático que envolveu o julgamento de Lindemberg Alves Fernandes deixou mais...

Dgabc
17/02/2012 | 00:00
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Artigo

O furor midiático que envolveu o julgamento de Lindemberg Alves Fernandes deixou mais vítimas do que se imaginava em princípio. Além daquelas pessoas atingidas direta ou indiretamente pelo ato insano do rapaz, que não concordava com a separação decidida pela namorada, também sai chamuscada deste episódio a advogada de defesa, Ana Lúcia Assad. Não se está aqui a dizer ou sustentar que o acusado não cometeu o crime a que está sendo atribuída sua responsabilidade. Ao contrário, as provas parecem caminhar na direção de seu inevitável envolvimento com o fatídico desfecho: a morte de uma jovem e linda adolescente.

Mas o que se pode depreender desse teatral cenário revestido da solenidade do tribunal do júri? Afinal, o que faz uma advogada, profissional especializada que é chamada para operar, num dos momentos mais cruciais da vida de um acusado para fazer defesa, numa situação dentro de contexto aparentemente impossível? Caso perdido, diriam alguns. Outros falariam que não há qualquer chance ou possibilidade para a defesa. Outros afirmariam que, nesse caso, em especial, o julgamento é apenas mera formalidade, daquelas que precisam ser realizadas para que se ‘cumpra a tabela', afinal, alia jacta est.

O episódio remete para reflexão sobre a árdua e difícil profissão de defensor. Mais ainda, a de mulher advogada; mais ainda, a de criminalista. Numa situação de favas contadas, ela e o já julgado e condenado réu. Sim, julgado e condenado, e por larga antecipação, afinal, as imagens repetidas e reiteradas das inúmeras cenas gravadas à época, seguidas e acompanhadas dos comentários dos especialistas de plantão, presentes aos múltiplos e diversos programas jornalísticos e televisivos, certamente já influenciaram os jurados, pessoas comuns, simples e leigas, extraídas através do lançar dos dados do seio da sociedade, e certamente já predispostas a decidir de forma a tornar efetiva e cortante a espada de Têmis.

Não é saudável que o profissional continue a receber das vozes anônimas das ruas a pecha de ‘defensora de assassinos', que precise ser escoltada por policiais para poder se locomover como cidadã; profissional que, numa das horas mais negras de nossas vidas pessoais, pode vir a ser a única pessoa que tenha capacidade técnica, vontade e desejo de nos defender das garras e da voracidade de Estado poderoso, arrogante e plenipotenciário.

Vander Ferreira de Andrade é advogado criminalista, especialista, mestre e doutor em Direito, professor de Direito Penal e Coordenador do Curso de Direito da USCS.

Palavra do Leitor

Duplicidade?

O Ginásio Poliesportivo Noêmia Assumpção, em Camilópolis, Santo André, era o nosso destino. Fui no dia 1º, com uma amiga professora, fazer a inscrição para ginástica para nossos filhos e mães. Tudo perfeito! O que nos espantou foi que tínhamos de pagar pelo exame médico, no valor de R$ 12 por pessoa. O médico já não recebe seu salário mensalmente pelos serviços prestados pela Secretaria da Saúde de Santo André? Para onde vão os R$ 12 pagos pelos munícipes? Na maioria idosos e crianças para poderem fazer atividade física. Quero resposta, não pelo valor, mas por ser munícipe! E se a resposta não for a que eu espero, que as secretarias de Saúde e de Esportes se expliquem e devolvam os R$ 12 para quem já contribui com impostos o ano todo! Esporte e Educação, direitos de todos! Em Santo André, só de quem pode pagar R$ 12!

Erika Pereira

Santo André

Parque Selecta

Após dois prefeitos e muitas promessas foi construída outra rua no Parque Selecta, em São Bernardo, que ligará a Avenida Pedro Mendes à Rua Diogo Furtado, Jardim Silvina, e permitirá melhor acesso ao Parque Selecta. O novo acesso ao bairro proporcionará ganho de tempo e combustível e permitirá saída paralela à Avenida Gal Barreto de Menezes, que está com problema sério de fluidez. Essa via tem só uma faixa disponível, pois os carros são estacionados em uma delas, deixando somente uma ao fluxo. E, aos domingos, a feira deveria ser deslocada, pois fecha várias ruas e só nos deixa como opção a Avenida Barreto de Menezes. Os moradores do Parque Selecta agradecem ao prefeito Luiz Marinho e aos atuais vereadores, visto que muito tem sido feito em todas as áreas da cidade. E sem anuência dos atuais vereadores, sejam oposição ou não, tudo ficaria mais difícil.

Jonas Cardoso da Silva

São Bernardo

Creche

Meu sobrinho fez inscrição da filha de 1 ano e 3 meses na Creche Bethe Lobo, Vila Sá, em Santo André, pois mora a uma quadra da creche. Ele e a mulher trabalham e não têm com quem deixar a pequena nem condições de pagar alguém. Não conseguiram a vaga, assim como outras 17, em espera. As creches não deveriam absorver todas as crianças que precisam? A unidade fica na Vila Industrial, divisa com a Capital, e o que me preocupa é, claro, sem menosprezar ninguém, tampouco julgar a quem quer que seja, se não há criança de lá com endereço de cá! Acredito na idoneidade e transparência da creche, porém fica a minha indignação e a cobrança ao prefeito Aidan e aos vereadores, que querem aumentar as cadeiras e trabalhar uma vez por semana, e pouco fazem para a cidade.

Arlindo de Almeida

Santo André

Água em Mauá

Falta água em Mauá! Espero que nunca mais essa ‘catástrofe' aconteça. A cidade precisa urgentemente de mais adutoras. Município que está perto de 500 mil habitantes não pode ficar refém de um só duto d'água. Espero que em futuro bem próximo nossos vereadores e a Sama encontrem mais saídas para que a cidade tenha mais que um ‘cano' para fornecer água a milhares de pessoas. Descobrimos só agora que adutora de uns 50 anos não teve manutenção da Sabesp, do governo estadual e de nenhum prefeito desde quando Mauá começou a ser chamada de município autônomo. Achar os culpados agora pouco resolve. Temos de buscar soluções. Mauá não tem água, e quando tem é muito cara e rara. Ganham muito dinheiro e por isso o povo pede nas ruas de Mauá que não fiquemos reféns de adutora velha e sem manutenção.

Eduardo Zago

Mauá

Feriados

Ao mesmo tempo em que o governo divulga, como grande feito, que conseguiu cortar R$ 55 bilhões em despesas para equilibrar o Orçamento de 2012, sai estudo que mostra que o Brasil deve perder R$ 44 bilhões no mesmo período devido ao elevado número de feriados. É isso mesmo. País ‘rico' corta, ou deixa de investir, por um lado, para desperdiçar pelo outro, cruzando os braços. Alguém precisa olhar com mais cuidado esse prejuízo causado por tantos feriados, que só atrasam o País.

Ronaldo Gomes Ferraz

Rio de Janeiro




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