A arrumadeira Cleusa Casemiro Barbone, 19 anos, foi encontrada morta a tiros dentro de um Chevette, parado na altura do número 81 da rua Osvaldo Elias, no Jardim Itapark, em Mauá, por volta das 20h30 de segunda. Dentro do carro foram encontradas dez cápsulas deflagradas de calibre 380. Terça, o plantão do 1º DP de Mauá recebeu a ligação de uma mulher que disse que o namorado da garota, Maciel Santos Barreto, 18, teria discutido com um rapaz chamado Misael – o dono do Chevette. Essa discussão teria sido a causa dos tiros. Segundo o telefonema, Barreto estaria baleado e escondido.

Cleusa deixou sua casa, na rua Mário Milanesi – bem próxima à rua do crime – pouco antes das 20h, justamente para se encontrar com o namorado. “Quando saiu de casa, disse que iria ver o namorado”, contou a mãe, Cleusa Barbosa. “Tempo depois, veio o aviso de que ela estava morta. Não sabemos o que houve”, afirmou ela. Barreto e Cleusa Casemiro namoravam havia mais de dois anos.

Barreto e Misael não foram encontrados no local onde estava parado o Chevette. Cleusa Casemiro estava caída no banco traseiro do carro, com vários disparos pelo corpo. Esse foi o cenário encontrado pelos primeiros policiais militares que apareceram logo depois dos tiros.

A denunciante que ligou terça para a delegacia se identificou como mãe de Barreto. Ela afirmou que houve uma discussão entre o filho e Misael, o dono do Chevette. Nenhum dos dois tinha sido localizado pela polícia até a noite desta terça.

Policiais civis do 2º DP de Mauá, responsáveis pela investigação do crime, descobriram que Barreto e Misael são irmãos. Por esse motivo, a polícia não deu muita credibilidade à denúncia. “Temos de localizar os dois suspeitos para esclarecer o que realmente ocorreu. Ainda não sabemos os motivos do crime”, disse o investigador-chefe da delegacia, Edson Barbosa.

O corpo de Cleusa Casemiro foi velado e enterrado nesta terça no cemitério Santa Lídia, em Mauá. Parentes e amigos estavam inconformados. Todos evitavam falar sobre o caso. “Ela era uma pessoa muito brincalhona e simpática, não merecia morrer assim”, disse uma amiga. “Ela morreu porque amava muito o namorado”, disse outra.

Outros – Em Diadema, o serralheiro Francisco de Assis de Souza, 34 anos, foi assassinado com vários tiros na Vila São José e se tornou a quarta vítima de homicídio no município em três dias. Na Vila Paulicéia, em São Bernardo, um homem desconhecido foi morto com 12 tiros de pistola calibre 380. Os dois crimes aconteceram segunda.