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Educação ao volante
Entenda como as crianças podem contribuir para um trânsito melhor

Elas são pedestres, passageiras e ciclistas, o que reforça a importância de incluí-las na pauta

Por Da Redação
Do Garagem360
24/09/2018 | 15:18
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Crianças não são motoristas, mas são peça fundamental para a construção de um trânsito melhor. Elas são pedestres, passageiras e ciclistas, o que reforça a importância de incluí-las na pauta sobre a educação ao volante.

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Para Luiz Gustavo Campos, diretor da Perkons, empresa que desenvolve e aplica tecnologia para a gestão do trânsito, temas como mobilidade urbana e segurança nas vias devem ser discutidos já na educação infantil. “Ensinar crianças o quanto antes sobre seus direitos, deveres e leis do trânsito contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e responsáveis, na vida e nas ruas”, opina.

Trânsito melhor

O especialista multidisciplinar em trânsito do Portal do Trânsito, Celso Alves Mariano, aponta que os riscos no tráfego estão presentes desde cedo na vida das pessoas e que a questão deve ser abordada em conversas dentro de casa. “A cada volta com a criança pelas ruas é possível mostrar as regras e reportar os perigos. O ideal é de que nunca se deixe de mostrá-los quando surgir uma oportunidade.”

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Segundo ele, quando uma criança atravessa a rua sem olhar para os lados, por subestimar ou nem saber que existem riscos, a insegurança é para todos. “Para evitar um atropelamento, um condutor pode acabar colidindo em outros veículos, sair da via, ou mesmo atropelar algum pedestre que, a princípio, estava fora de perigo não fosse a travessia da criança desatenta”, aponta Mariano.

A educação no trânsito para os pequenos colabora para a proteção individual e também dos outros. Com isso, a tendência é que eles se tornem  adolescentes e, depois, adultos mais cuidadosos.

Poder público

Alguns departamentos de trânsito municipais e estaduais têm programas de educação voltados também para as crianças. Em Blumenau, o Serviço Autônomo Municipal de Trânsito e Transportes (Seterb), tem, desde 1997, a Escola Pública de Trânsito, que procura formar não só condutores, mas pedestres, profissionais, agentes de trânsito e multiplicadores de ensino.

Para as crianças, o programa possui Pista Educativa e Teatro de Fantoches. “O Teatro é desenvolvido nos centros de educação infantil e nas escolas de ensino fundamental e, por meio da interatividade e de maneira lúdica, ensina conceitos de segurança e de disciplina no trânsito. São abordadas temáticas vivenciadas pela realidade infantil, como o uso do cinto de segurança e a travessia na faixa de pedestre, por exemplo. Já na Pista Educativa eles percorrem, de bicicleta, um trajeto composto de sinalização horizontal e vertical, semáforos, faixas indicativas, cones, entre outros, imitando situações reais do trânsito”, descreve Marcelo Althoff, presidente do Seterb.

O projeto, em conjunto com a escola, reforça as instruções e multiplica o conhecimento. “Recebendo os ensinamentos nas escolas, as crianças compartilham com seus familiares e, inclusive, alertam seus pais, irmãos, tios quando observam alguma situação que não está de acordo com aquilo que aprenderam”, acredita Althoff.

Papel da escola

A escola é um local de socialização onde os pequenos começam a entender o seu papel na sociedade. Este processo também pode estar relacionado ao trânsito.

Ciente disso, a escola Atuação, de Curitiba, tem um projeto voltado para o tema, o “A tua ação positiva no trânsito”, cujo objetivo é conscientizar os alunos que estão na educação infantil.

A professora Cristina Gurgacz acredita que o papel da escola é despertar valores que não servem apenas para o trânsito. “A escola precisa estimular valores que trabalhem empatia, tolerância, responsabilidade, paciência, respeito e solidariedade. Um adulto que sabe se colocar no lugar do outro, com certeza será um motorista melhor. Desta maneira, espera-se que, aos poucos, alguns problemas de trânsito diminuam, como o consumo de bebidas alcoólicas ao volante e o excesso de velocidade”.

O projeto acontece durante todo o ano letivo e não aborda o tema apenas em momentos comemorativos. “Além das dinâmicas dentro da escola, as crianças fazem atividades com as famílias, como fiscalizar o trânsito na frente da escola, fazendo blitz e aplicando multas simbólicas aos infratores, por exemplo”, finaliza a professora.

 




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