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Política
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Por 20 votos a um
Câmara rejeita convocação de Alaíde para detalhar crise

Com ampla maioria, Legislativo derruba pedido para que emedebista explique finanças de Mauá

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
05/09/2018 | 07:32
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André Henriques/DGABC


Vereadores de Mauá rejeitaram requerimento que exigia a convocação da prefeita interina Alaíde Damo (MDB) para dar esclarecimentos à Câmara sobre a situação de diversos setores da cidade, em especial a área da Saúde, e a questão da declaração de calamidade financeira requisitada pela própria chefe do Executivo. Vinte parlamentares votaram pela rejeição do requerimento e apenas um foi favorável.

Para o vereador Adelto Cachorrão (Avante), autor do pedido, os parlamentares deixaram escapar a chance de a prefeita interina explicar a situação que se encontra o município. “Lamentável que os vereadores escolheram rejeitar o pedido. Alguém precisa nos dar informações de como andam alguns setores da cidade.”

Mesmo que a vitória da base governista tenha sido elástica, Cachorrão afirmou que irá realizar outro pedido, já na próxima sessão, para que a prefeita compareça à Câmara, porém de uma maneira diferente. “Desta vez não vou convocar, vou apenas convidá-la. Quem sabe assim ela apareça”, disse. Para o parlamentar, a prefeita tem a obrigação de dar explicações sobre as finanças da cidade por livre e espontânea vontade, sem que fosse convidada ou convocada.

Admir Jacomussi (PRP), presidente da Casa e pai do prefeito afastado judicialmente, Atila Jacomussi (PSB), defendeu a realização de sabatina com Alaíde. “A prefeita prefere se esconder. Ela não dá entrevista. Fica apenas poucos minutos em reuniões e vai embora. Diz que não conhece todos os vereadores. Ela poderia vir espontaneamente, pelo menos acabaria esta situação.”

Marcelo Oliveira (PT), um dos raros integrantes da oposição à atual gestão, rejeitou a convocação. Segundo o petista, seria correto convocar prefeitos de gestões anteriores. “Claro que seria interessante se Alaíde viesse aqui e explicasse o que está acontecendo, mas acredito que seria mais justo se outros prefeitos também aparecessem”, justificou.

Na mesma sessão, dois requerimentos redigidos por Admir foram adiados. Os documentos pediam informações sobre “frequente quebra de ordem cronológica para pagamento de fornecedores durante a gestão interina do Executivo”. Governos têm obrigação de pagar os serviços na ordem em que eles foram contratados e quebrar a sequência serve só em casos excepcionais.

Admir negou que a intenção de seus requerimentos seja iniciar uma queda de braço entre o Executivo e o Legislativo. Para o presidente da Câmara, a prefeita interina tem a obrigação de explicar o motivo de não estar seguindo a ordem correta para efetuar pagamentos. “Estou fazendo valer minhas atribuições de vereador. Ela tem que dar explicações convincentes sobre a quebra da ordem cronológica nos pagamentos.” 




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