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No Dia do Vizinho, histórias de amizade são valorizadas

Em época de relações virtuais, moradores da região mostram que é possível cultivar parcerias

Aline Melo
20/08/2018 | 07:36
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Nario Barbosa/DGABC


A poetisa Cora Coralina escreveu que “vizinho é mais que parente, pois é o primeiro a saber das coisas que acontecem na vida da gente”. Em sua homenagem, hoje – data de seu aniversário –, é comemorado em alguns Estados o Dia do Vizinho. Mas quem tem, nos dias atuais, em meio ao isolamento que as redes sociais e a internet incentivam, um vizinho para chamar de seu?

Em Santo André, no Parque Bandeirante, a artesã Roberta Hipólito, 37 anos, e a professora Miriam Mesquita, 50, provam que ainda é possível cultivar amizades à moda antiga. As duas se mudaram há dez anos para o mesmo condomínio. O contato ocasional nas reuniões serviu para descobrirem as afinidades. “Com a chegada do meu primeiro filho (Gabriel, hoje com 9) ficamos ainda mais próximas. A Miriam já tinha a Mel, então com 5 anos, e as crianças também são amigas”, contou Roberta.

O tempo passou e a amizade ganhou força. Quando Roberta teve a segunda filha (Bella, atualmente com 6), que nasceu em casa, Miriam foi a primeira pessoa a vê-la, além dos pais e da equipe que atendeu ao parto. “Fui lá e já fiz uma canja, trouxe o Gabriel para minha casa para eles descansarem”, relembrou a amiga. A artesã contou também sobre a vez em que se sentiu mal e, pouco antes de desmaiar, pediu ao filho que interfonasse para a vizinha. “Quando acordei ela estava ao meu lado”, relatou.

A amizade entre as duas é tão forte que Roberta desistiu, em 2014, de colocar a casa à venda e se mudar para o Interior. “Entre todas as coisas que ponderei, a nossa relação pesou”, afirmou. Miriam lembrou que enquanto a ideia foi possibilidade, a filha Melissa, hoje com 15 anos, vivia aos prantos.

Foi levando as filhas para brincar no parquinho do prédio que a microempresária Edilene Ceccopieri, 49, fez amizade com a gerente de Recursos Humanos Janaína Garcia, 42. Moradoras do Planalto, em São Bernardo, elas se viam quase que diariamente. “Sou do Rio de Janeiro e aqui eles viraram a minha família”, contou Edilene. Janaína se mudou para o bairro Baeta Neves há um ano, e o contato entre as duas diminuiu. A amizade, não. “Somos mais que amigas. Nos falamos mais pelas redes sociais, mas aos fins de semana sempre procuramos estar juntas.” 




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