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Reabertura do IML de Mauá trava e volta à estaca zero

Prédio deveria ter sido inaugurado em julho, o que não ocorreu; Estado responsabiliza município pelo atraso nas obras do edifício

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
18/08/2018 | 07:00
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Denis Maciel


Passados oito meses do anúncio oficial da reativação do IML (Instituto Médico-Legal) de Mauá, o projeto que previa a retomada do serviço estadual ao município volta à estaca zero. Previsto para ser inaugurado em julho, o prédio que abrigará o serviço, no Cemitério Santa Lídia, ainda depende de obras de reestrutura e aparelhamento, serviços de responsabilidade do município e que sequer foram iniciados.

Segundo funcionários que trabalham no local, a expectativa era a de que as obras do edifício – que já abrigou o serviço há duas décadas – fossem iniciadas em maio. Na ocasião, estava agendada cerimônia de assinatura do termo do convênio entre o município e o governo do Estado. No entanto, o processo foi adiado após a prisão do então chefe do Executivo de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), em 9 de maio.

“Estava agendado para o dia 13 de maio (Dia das Mães) a assinatura do termo para início das obras. Até o governador (Márcio França – PSB) estaria presente. Mas como o prefeito foi preso tudo foi desmarcado. Desde então, ninguém fala mais nada”, disse uma funcionária sob condição de anonimato.

Para agravar a situação, desde que assumiu o Paço, a atual gestão chefiada pela prefeita interina, Alaíde Damo (MDB), não deu nenhum encaminhamento às discussões do projeto. Ou seja, a proposta foi praticamente engavetada.

Reivindicação antiga da população da cidade, a reativação do serviço tem sido discutida desde 2013, quando o então secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, garantiu a reabertura do posto no primeiro semestre de 2014, o que não ocorreu.

Desde 1998, quando o serviço mauaense foi desativado, as ocorrências da cidade, bem como as de Ribeirão Pires e as de Rio Grande da Serra, passaram a ser atendidas no IML de Santo André. A expectativa é a de que a reabertura do posto colabore para desafogar a unidade andreense que, de acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado, registrava média mensal de 87 necrópsias em fevereiro, enquanto São Bernardo contabilizava 46 e Diadema 29.

Ontem, em visita ao prédio que abrigará o IML de Mauá, no Cemitério Santa Lídia, o Diário constatou que o espaço virou verdadeiro depósito de caixões, além de acomodar a administração do serviço funerário do município. “Estamos ansiosos para ter o atendimento de volta. Mas, por enquanto, o projeto ainda parece somente um sonho”, afirma um funcionário que não quis se identificar.

 

OUTRO LADO

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo, as obras do prédio que abrigará as equipes de perícia médico-legal são de responsabilidade da Prefeitura de Mauá. Somente após o término dessas intervenções é que o Estado “fornecerá os profissionais para o funcionamento da unidade”.

Procurada pelo Diário, a Prefeitura de Mauá não retornou aos contatos da equipe de reportagem até o fechamento desta edição.

 




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