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Socorro não veio
Segurado da Tokio Marine tem pane em carro e fica sem assistência

Cliente acionou o guincho após veículo dar problema, mas serviço não chegou no local

Marília Montich
Do Diário OnLine
19/07/2018 | 07:00
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Arquivo Pessoal


O pintor José Carlos Rissi, 58 anos, teve um problema com seu carro – um Volkswagen Voyage – na última quinta-feira (12). O veículo, segurado pela Tokio Marine, sofreu pane no Riacho Grande, em São Bernardo. Serviço de guincho foi acionado pelo cliente, porém nunca chegou.

“Estava perto da minha casa quando o carro apagou. Ele dava partida, mas conversei com o meu mecânico e ele me aconselhou a não andar com o veículo e acionar o guincho. Isso foi às 14h30 de quinta. Liguei diversas vezes, tanto para a seguradora como para a Lacorse, a minha corretora de seguros, mas ninguém veio”, conta Rissi.

O morador de São Bernardo afirma que aguardou o serviço até o fim do dia. A seguradora, segundo ele, afirmava que chegaria ao local indicado em pouco tempo, o que não aconteceu. A certa altura, chegaram a dizer que não estavam encontrando o endereço. A Lacorse, por sua vez, informava que estava em contato com a Tokio Marine para tentar solucionar o caso.

Sem retorno para seu problema, Rissi fez o carro ligar e o levou até sua casa, caso contrário o veículo passaria a noite na rua. No dia seguinte, ele continuou em contato com a Tokio Marine para que guinchassem o carro até a oficina, porém mais uma vez sem sucesso. “Precisei pedir ajuda a um amigo, que levou o carro ao mecânico comigo. Esperei até meio-dia de sexta-feira e nada.”

Rissi diz que tem o seguro há cerca de quatro anos e que esta foi a primeira vez que tentou utilizá-lo. “Eu preciso do carro para trabalhar e levar meu irmão para a radioterapia, em Santo André. Hoje mesmo (sexta-feira), eu tinha que levá-lo a uma perícia e não pude. Ele teve de ir de ônibus, mas não é bom que ele fique se expondo, justamente por conta do tratamento que está fazendo”, relata.

Procurada, a Lacorse, disse que entrou em contato duas vezes com a Tokio Marine, que agendou dois horários para efetuar o resgate do veículo, mas terminou por não honrar os compromissos. “Nosso papel é representar o segurado sempre. Neste caso passamos toda a tarde de ontem (quinta-feira) e a parte da manhã de hoje (sexta-feira) tentando resolver junto à seguradora. Fizemos todo o possível, mas quem se responsabiliza e paga pelos serviços dos guinchos são as seguradoras. Se tivéssemos outra forma de ajudar com certeza teríamos feito”, disse a corretora de seguros, em nota.

Já a Tokio Marine disse apenas que estudará o caso de Rissi. “Entramos em contato com o senhor José Carlos no dia 17 de julho, quando ele nos informou que levou o veículo para oficina por meios próprios e, diante disso, nos encaminhará a documentação para análise”, respondeu à reportagem, também em nota. A seguradora, contudo, não informou o motivo pelo qual não atendeu ao chamado do cliente.




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