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Otimismo
Desempenho da Seleção eleva em até 70% fluxo do comércio da região

Estimulados por vitórias do Brasil, consumidores buscam itens para torcida pelo hexa na Rússia

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
05/07/2018 | 07:07
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Celso Luiz/DGABC


O bom desempenho da Seleção Brasileira na Copa do Mundo fez com que a euforia tomasse o lugar do desânimo no comércio do Grande ABC. Lojas de artigos para torcida têm registrado movimentação até 70% superior aos dias comuns, e 50% maior do que nos primeiros dias do torneio, quando o Brasil estreou com um empate contra a Suíça, em 17 de junho.

É o caso da Nova Época, na Rua Marechal Deodoro, Centro de São Bernardo. “Nós trabalhamos com produtos sazonais, como voltados ao Natal e à festa junina, por exemplo. Para a Copa, não foi diferente e, para a nossa surpresa, já precisamos renovar o estoque e fazer novas compras, porque a procura aumentou bastante”, explicou o gerente José Nilton.

Localizada no calçadão da Oliveira Lima, Centro de Santo André, a MiAmor projetava aumento de 40% na procura pelos itens no início de junho, conforme reportagem publicada pelo Diário. As vendas, no entanto, surpreenderam, uma vez que a loja já comercializou 80% dos produtos em estoque.

De acordo com o gerente do estabelecimento, Wellington Marques de Oliveira, eles esperam vender todos os artefatos com motivo do Mundial da Rússia. “Nosso maior movimento é nos dias de jogos e nas vésperas, pois o pessoal deixa para comprar na última hora, e vendemos até 50% mais do que em dias comuns.”

A balconista Adriana Aparecida de Paula, 42 anos, moradora do bairro Las Palmas, em São Bernardo, se antecipou para não correr riscos de não encontrar o que precisava. Ela já gastou R$ 150 apenas com artigos para torcida, entre camisetas, perucas e cornetas. A empolgação com a classificação para as quartas de final foi tamanha que ela estava comprando mais itens com o filho Pedro Lucas Rodrigues, 11. “Hoje (ontem) pretendo gastar apenas R$ 20. Isso porque eu ainda preciso economizar para o churrasco de sexta-feira (amanhã) que vamos fazer na hora do jogo. Mesmo assim, ficamos tão animados no último jogo que resolvemos comprar mais uma corneta e um chapéu”, contou. “Acredito que os jogadores vão trazer o hexa para o Brasil. Nossa parte é ficar na torcida, mesmo que pela televisão”, contou, otimista, o pequeno.

Os valores de itens como camiseta (modelo não oficial), óculos, bandeiras, peruca, corneta e chapéu apurados pela equipe do Diário na semana em que a Copa começou foram mantidos, mesmo com a elevação da busca por eles.

Na avaliação do presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Pedro Cia Júnior, desde o início deste mês. alguns setores do comércio da cidade estão fortalecidos com a expectativa de otimismo por conta da Seleção Brasileira. “Principalmente as lojas com itens voltados à torcida, além de bares e restaurantes, tiveram aumento da movimentação e das vendas. Em contrapartida, também temos comércios que são prejudicados, porque ninguém sai às ruas na hora do jogo, nem depois dele, o que também é natural na época de Copa do Mundo. Ainda não temos em quanto o faturamento aumentou, mas é certo que este número se fortaleceu bastante nos últimos dias”, destacou.

A Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo) mantém a expectativa do início da Copa, com crescimento de 20% no fluxo de pessoas. Mas esse quadro pode mudar, dependendo das próximas partidas. “O resultado do jogo da sexta-feira (amanhã) poderá ser mais animador para o comércio se o Brasil passar. A medida em que a Seleção vai avançando, o ânimo aumenta e isso reflete positivamente no comércio, porém, mais direcionado aos segmentos específicos de artigos de Copa do Mundo. Em geral, as lojas temáticas são as mais beneficiadas” destacou o presidente da entidade, Valter Moura.

Bares e mercados também sentem aumento

Além do comércio, bares e restaurantes da região também esperam crescimento, de até 40% na movimentação. A Apas (Associação Paulista de Supermercados) projeta incremento de até 50% nas vendas do setor nas datas em que o Brasil entrar em campo.

Antes do início do torneio, o Sehal (Sindicato das Empresas de Alimentação e Hospedagem do Grande ABC) projetava alta de 30% no fluxo de pessoas durante os jogos. “Dependendo do dia e do horário em que cai o jogo, o aumento chega a 40%. Diversos estabelecimentos têm apostado em promoção e horário de almoço diferenciado”, afirmou o presidente da entidade, Roberto Moreira.

Os supermercados esperam elevação de vendas principalmente em cervejas (30% a 50%), carne (20%), aperitivos (20%) e até mesmo pipocas (25%), segundo a Apas. O diretor de RH do Joanin, Alécio Castaldelli Júnior, sentiu acréscimo de 7% nas vendas principalmente de itens de padaria e salgadinhos, coisas mais práticas para o consumo. “No setor de carne e cerveja, como o primeiro jogo foi em um domingo, percebemos movimentação maior. Depende muito do dia do jogo.”

Moradora da Vila Conceição, em Diadema, a supervisora de faturamento Cleonice de Fatima Gonçalves, 43 anos, já está organizando a comemoração para amanhã. “Acredito que vamos gastar cerca de R$ 200 em carne. Como são umas 20 pessoas, cada casal também leva uma caixa de cerveja. Pretendo comprar a partir de amanhã (hoje) porque senão os mercados ficam muito cheios”, disse.  




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