A Rua Alagoas, no bairro Cidade São Jorge, em Santo André, oferece uma série de problemas para os moradores do local. As reclamações começam devido à pavimentação incompleta da via, até a altura do número 190 – sendo que a numeração continua até o 280 –, mas também incluem falta de água encanada e os constantes vazamentos de esgoto no local.

Constância Modrono, 53 anos, dona de um bar e moradora do bairro há quase 15, conta que a parte de baixo da rua foi asfaltada e devidamente encanada há dez anos. Desde então, a população que mora depois do número 190 cobra para que a obra chegue até o fim da via. “Temos que puxar água da rua de cima, que vem suja. Muitas vezes, os canos estouram, causando mais vazamentos e aumenta a lama.”

Fora o caminhão de coleta de lixo, nenhum outro veículo presta serviço para a comunidade no trecho sem asfalto da via. “Meu correio fica com o moço da funilaria ali em baixo. As bebidas para o bar já tive que ir eu mesma buscar (no início da rua)”, relata a comerciante.

O coordenador de rede elétrica Demetrius Alves, 26, se mostra desanimado com a situação da via, que já foi concretada pelos próprios moradores três vezes. “Tentamos arrumar, mas a chuva não perdoa, só piora os vazamentos e fica tudo um barro só”, diz.

Para a filha de Constância e dona de casa Natália Modrono Domingues, 27, a maioria dos moradores afirma que pagaria as taxas de água e demais impostos sem reclamar. “Já pensamos em fazer um abaixo-assinado para ver se chamamos a atenção da Prefeitura. A maioria dos moradores aqui não se importaria em pagar imposto, mas precisamos do serviço primeiro”, diz a jovem.

A esperança de que a administração andreense tome alguma providência para a urbanização do trecho ficou mais viva depois que a AES Eletropaulo começou a instalação de postes nas ruas e de relógios individuais nas casas. A melhoria foi obtida após cinco anos de espera. “Foi até a empresa que eu trabalho que instalou os postes aqui na rua. Foi uma surpresa”, diz Alves.

A Prefeitura informou que o restante da Rua Alagoas está inserida em projeto de urbanização por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e que hoje o local será objeto de vistoria “para avaliação quanto a eventuais medidas paliativas que possam minimizar o problema existente”.