Início
Clube
Banca
Colunista
Redes Sociais
DGABC

Sábado, 27 de Abril de 2024

Política
>
Liminar foi negada
Maninho sofre derrota no TJ-SP e deve se entregar

Liminar é indeferida e petista pode acatar pedido de prisão junto ao filho por agressão a empresário

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
15/05/2018 | 07:00
Compartilhar notícia
Celso Luiz/DGABC


Após ter liminar negada pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), ontem, a defesa do ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, e do filho dele Leandro Eduardo Marinho (ambos do PT) informou que a dupla deve se entregar à polícia em breve. As prisões foram decretadas na sexta-feira, pela juíza Débora Faitarone.

Os dois agrediram o empresário Carlos Alberto Bettoni, em frente ao Instituto Lula, no dia 5 de abril. Bettoni bateu a cabeça no para-choque de um caminhão ao ser empurrado por Maninho e pelo filho, o que resultou em traumatismo craniano. A vítima ficou vários dias internada na UTI, mas passa bem. A Polícia Civil indiciou a dupla por lesão corporal dolosa grave – com pena de um a cinco anos de prisão. Mas o Ministério Público entende que os petistas tinham de ser enquadrados no crime de tentativa de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco.

O criminalista Roberto Vasco, que faz a defesa da dupla, havia pedido a suspensão dos pedidos de prisão até o julgamento do habeas corpus. No entanto, com a decisão negativa da 3ª Câmara de Direito Criminal, a tendência é que ambos se apresentem à Justiça.

Para Vasco, a forma da entrega dos dois ainda será decidida pela equipe que faz a defesa dos petistas. “Estamos decidindo com eles e com a família o local onde será feita a apresentação e quando isso vai ocorrer. Sentimos muito que a situação tenha gerado isso tudo”, afirmou.

A primeira aposta da defesa da dupla era a de que pelo menos as prisões fossem relaxadas. A Polícia Civil esteve sexta-feira na casa do ex-parlamentar, no bairro Piraporinha, para cumprir o mandado de prisão preventiva, mas eles não estavam no local e, por isso, foram considerados foragidos. Por outro lado, com as dificuldades reveladas ontem no campo judicial, as opções se esgotaram.

Na petição entregue pela defesa ao TJ-SP, os advogados alegam que, estando em liberdade, tanto Maninho quanto Leandro não atrapalhariam o curso do processo judicial. “Esses dados bem informam que do passado dos pacientes não se vislumbra a possibilidade de que, em liberdade, supostamente venham a praticar qualquer desvalor jurídico. O suposto fato delituoso atribuído a eles, se em absurda hipótese fossem verdadeiros, seriam um lance isolado em suas vidas, mas não o retrato de suas existências”, ponderou.

Em outro trecho do documento, a defesa destacou que ambos não ofereceram obstruções ao trabalho da investigação do caso. “Neste caso em concreto o constrangimento é ainda mais grave, pois os pacientes não foram presos em flagrante delito, não se demonstrou salvo entendimento contrário ao final da instrução processual e se apresentaram espontaneamente para seu interrogatório e indiciamento, declinando defensores constituídos nos autos, endereço, profissão e não causaram qualquer embaraço ou tumulto no curso do processo”, concluiu. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.