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Editorial
Bom começo, mas...
Do Diário do Grande ABC
26/04/2018 | 10:39
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A promessa de que o número de policiais militares nas cidades do Grande ABC será ampliado, feita ontem pelo governador de São Paulo, Márcio França, é bem-vinda. Aliás, não se esperava outra afirmação de alguém que acaba de assumir o comando do Estado mais rico da federação e que em outubro tentará a reeleição. Entretanto, é preciso algo mais, que é definir prazos para que o problema comece a ser sanado. Ou seja, sair da teoria e partir para a ação.

Nos últimos dias este Diário tem mostrado que a região (uma das mais importantes do País) conta com um PM para cada grupo de 482 habitantes, quando o ideal, segundo as estatísticas da ONU (Organização das Nações Unidas), seria um agente para 250. E também que tal defasagem faz com que a atuação desses policiais seja concentrada em determinadas áreas, levando a sensação de insegurança às demais, que ficam desguarnecidas.

O governador, que ontem tornou-se cidadão de Diadema, citou problemas pontuais para o que chama de “necessária valorização da PM”, entre eles os impedimentos da Lei Eleitoral, que veta reajustes salariais desde o último dia 10 e que limita contratações e demissões sem justa causa até 7 de julho. 

O Grande ABC possui hoje 5.600 PMs em seus seis batalhões, 19 companhias e um destacamento. É necessário um efetivo maior para cuidar de 2,7 milhões de pessoas. Uma população que trabalha, paga impostos e merece ter Segurança, independentemente da cidade ou bairro que resida ou trabalhe.

O governador também relata que 80% dos chamados recebidos pela corporação são ocorrências que não necessitam da PM e fala em criação de agentes sociais. Medida também necessária. Porém, é preciso lembrar que nos 31 dias de março ocorreram 20 homicídios na região e que neste mês uma chacina deixou quatro mortos em São Bernardo. Todas essas são ocorrências que precisam da ação da PM e que, talvez, poderiam ter sido evitadas com maior presença da autoridade nas ruas. 




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