"As base de comparação são muito baixas. Estamos falando de retornar ao passado como se fosse algo bom, mas significa que o setor ainda está recuperando perdas do passado. A atividade não está em nível aquecido, com expectativas de produção e contratação importantes para a economia em termos de volume", explica.
Tabi reforça que essa análise serve também para o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), que embora tenha sido o grande destaque do mês, com uma alta forte e espalhada, segundo ela, ainda está muito abaixo da média da década pré-crise. O Nuci avançou 0,9 ponto porcentual, para 75,6%, enquanto o patamar médio no passado era de 82,3%.
"Essa recuperação é mais animadora, assim como o indicador de estoques, mostra algo mais palpável e mais atrelado à realidade, e traz novo sentimento sobre os dados. Mas ainda falta um terreno enorme para percorrer para voltar à média histórica."
A coordenadora da Sondagem da Indústria também destacou que o indicador de demanda interna está em 95,1 pontos e, embora tenha evoluído, continua "patinando", sendo o mais baixo entre os fatores avaliados. Segundo ela, esse indicador é um fator de preocupação atualmente, mas a queda do Índice de Situação Atual (ISA), de 1,5 ponto, para 99,4 pontos, é mais uma acomodação após sete altas do que uma mudança de tendência, avalia.
Já no Índice de Expectativas (IE), que possibilitou o avanço da confiança em fevereiro, todos os indicadores cresceram, com destaque para o de tendência de negócios, que registrou o terceiro avanço consecutivo e atingiu 104,8 pontos. "Nesse indicador, sim, podemos falar de otimismo", conclui. O IE subiu 3,4 pontos, para 101,4 pontos.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.