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Ministério Público Federal avalia ação para tirar Onix do mercado

Carro mais vendido do Brasil tirou nota zero em teste de segurança realizado pela Latin NCap

Nilton Valentim
19/01/2018 | 07:10
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Divulgação


 O carro mais vendido do Brasil, o Chevrolet Onix, derrapa no quesito segurança. O mau desempenho colocou o MPF (Ministério Público Federal) de Minas Gerais em alerta. Motivado pela nota zero em teste de segurança realizado pela Latin NCap, divisão para a América Latina do instituto que promove avaliação de impacto na Europa e Ásia, o órgão iniciou procedimento que pode resultar em ação para que o carro seja retirado do mercado.

O MPF informou que se baseou em publicações do primeiro semestre do ano passado, quando o resultado tornou-se público, para dar início aos trâmites. Segundo o órgão, o próximo passo é a realização de perícia mecânica, o que irá embasar a possível ação.
O modelo produzido pela General Motors, em São Caetano e Gravataí (Rio Grande do Sul), registrou em 2017 a marca de 188.654 unidades emplacas, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Em maio de 2017, quando o Latin NCap divulgou os resultados, o Proteste, entidade de defesa dos consumidores, afirmou que pediria a suspensão das vendas do Onix. “É uma ofensa à inteligência do consumidor que a General Motors, que afirma que o Onix é baseado numa plataforma global, não tenha tido êxito na versão avaliada pelo Latin NCap. De acordo com os resultados do teste foi verificado que o carro não seria aprovado pela regulação da ONU (Organização das Nações Unidas) UN95, nem pela Norma Federal de Segurança Veicular aplicados na Europa e nos Estados Unidos”, afirmou, na época, o gerente de Relações Institucionais e Mídia, Henrique Lian.

Questionada sobre as providências tomadas, a Proteste revelou que não deu entrada à ação.

O relatório da NCap revelou que, no caso do impacto lateral, que foi instituido em 2016, ‘As leituras do dummy (boneco que simula as reações humanas no interior do veículo) mostraram proteção boa para a cabeça e a pélvis, proteção marginal para o abdome e pobre para o peito, explicando o resultado de zero estrela’.

Na colisão dianteira, ‘a cabeça e o pescoço ofereceram boa proteção no impacto frontal. Os sistemas de retenção proporcionaram proteção fraca ao peito do motorista. Foram observadas estruturas perigosas na zona do painel, que poderiam impactar os joelhos do motorista e do acompanhante. O chão da área dos pés do motorista se abriu após o impacto’.

A GM, que não respondeu ao pedido de informações da equipe de reportagem por e-mail, na época do teste divulgou nota em que dizia cumprir integralmente todos os requisitos de segurança dos mercados onde o carro é vendido.


Centro de avaliação brasileiro dá duas estrelas para carro da Chevrolet


O Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária) Brasil avaliou os modelos mais vendidos no Brasil em 2017 e atribiui duas estrelas para as versões do Chevrolet Onix, em uma escala que vai até cinco. Outro carro da General Motors, o Cruze, foi o vencedor (confira os dez primeiros na relação abaixo).

Segundo Alessandro Rubio, coordenador técnico do Cesvi, as montadoras estão se mexendo no sentido de melhorar os equipamentos de segurança oferecidos. “Já há modelos de entrada que oferecem air bags laterais, controle de estabilidade, controle de tração, entre outros itens que diminuem o risco de acidente e/ou evitam agravamento dos ferimentos”, afirmou.

Ele destaca ainda que o comportamento do comprador também influencia no produto que será oferecido pelas empresas. “Vale lembrar que as montadoras atendem à demanda do mercado e os consumidores devem procurar modelos que oferecem maior segurança”, declarou Rubio. NV




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