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Sábado, 27 de Abril de 2024

Cadeias: Sao Caetano tenta ser exemplo
Da Redaçao
08/01/2000 | 18:11
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Reinaugurada em fevereiro de 1998, após ser totalmente destruída em uma rebeliao de meados de 1996, a Cadeia Pública de Sao Caetano embora enfrente os mesmos problemas das demais, como superlotaçao, é a que está mais próxima das determinaçoes da Lei de Execuçoes Criminais. Nela, 140 presos dividem o espaço onde deveriam estar 96. Todas as 16 celas possuem TV (os aparelhos foram doados pelas Casas Bahia).

A empresa de Samuel Klein também distribui uma cesta básica mensal às famílias dos detentos. "Isso é uma demonstraçao de que a comunidade pode ajudar a resolver os problemas do Estado, já que as obras contaram com o apoio da Prefeitura e da sociedade", disse o delegado Waldir Covino Júnior, diretor da cadeia.

Porém, o local sofre com problemas semelhantes aos das outras cadeias da regiao. No dia 31 passado, uma pistola 635 foi encontrada em uma das celas. Segundo Covino, instaurou-se um inquérito policial descobrir como a arma entrou na cadeia. "Todas as hipóteses estao sendo consideradas na investigaçao. Até mesmo a facilitaçao de carcereiros durante a revista".

A Delegacia Seccional de Sao Bernardo também apura os caso. Para evitar as tentativas de fuga, as revistas nao acontecem periodicamente. "Dessa maneira, o preso é sempre supreendido", afirma Covino.

Rebeliao - Apesar de oferecer melhores condiçoes que suas pares no Grande ABC, em março do ano passado, a cadeia de Sao Caetano foi palco de uma rebeliao. Durante a madrugada do dia 6, após uma tentativa frustrada, os detentos destruíram cadeados e incendiaram colchoes. Cinco presos ficaram feridos.

Durante a rebeliao, os presos incendiaram a cela-seguro, onde estavam detidos os vigilantes Joao dos Santos Macedo, 25 anos, e José Adolfo dos Santos da Silva, 31. Eles foram feridos a golpe de estiletes. No motim, também foi ferido Menambro Mendes Xavier, 29. Ele estava jurado de morte pelos outros presos desde que surrou um detento deficiente mental.

Para conter a rebeliao, policiais civis e militares cercaram o prédio e impediram que a fuga acontecesse. Os detentos Gilberto Manoel de Oliveira, 36, e Robson Mantovane, 26, foram feridos por estilhaços de uma bomba de efeito moral lançada por policiais.




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