A primeira edição dos Jogos Abertos do Interior oficialmente de forma compartilhada agita o Grande ABC até o dia 26. E a expectativa é a de que o modelo de região-sede se torne recorrente para os próximos anos. E dois são os principais motivos: ser economicamente mais viável e aproveitar as estruturas tanto esportivas quanto de hospedagem de mais de uma cidade.

O convênio firmado entre o governo do Estado, por meio da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude, com o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC proporcionou à região um repasse de R$ 3 milhões para organização da competição, em investimento que visa impedir que os municípios tenham custos.

“É uma possibilidade (de manter regiões-sede). Além da redução de custos para o governo do Estado e municípios envolvidos, há também o ganho com a estrutura. Neste ano, os Jogos Abertos terão 32 modalidades esportivas e mais de 12 mil atletas, o que requer uma respeitável capacidade para receber o torneio. Unindo cidades que estão próximas, aumenta-se a quantidade de equipamentos esportivos, hoteleiros e demais itens inerentes aos Jogos, o que acaba contribuindo para que a competição tenha uma recepção adequada. Este formato proporciona e fomenta também maior interação, integração e engajamento dos mais diversos segmentos da sociedade na realização dos Jogos”, explicou o secretário de Esporte, Lazer e Juventude do Estado, Paulo Gustavo Maiurino.

O fato de o Grande ABC estar bem servido de ginásios e equipamentos para as modalidades em disputa nos Abertos (leia mais nas páginas 4 e 5) entusiasma Paulo Gustavo Maiurino. “Por se tratar de uma região com grande estrutura esportiva e de estrutura no geral, não houve nenhum grande entrave na realização do torneio. Este, aliás, foi o primeiro convênio celebrado pela Selj com um consórcio intermunicipal em toda sua história. A distribuição dos locais de competição e alojamentos foi planejada dentro daquilo que cada cidade sugeriu e oferece de melhor”, encerrou o secretário.

Serão utilizadas 58 localidades esportivas do Grande ABC e uma da Capital (Parque Jacuí, para o ciclismo BMX), além de 56 escolas e um clube (Grêmio Mauaense), que servirão como alojamento às 190 delegações que participarão das competições dos Jogos.

Novo regulamento põe fim a atletas de aluguel

A 81ª edição dos Jogos Abertos teve mudança importante no regulamento. Antigo pedido das cidades – sobretudo das menores –, foi estabelecido que apenas atletas com vínculo de um ano com o município poderiam defendê-lo durante a Olimpíada Caipira, deixando os competidores de aluguel longe da disputa e forçando que secretarias e diretórios esportivos municipais fizessem planejamento a longo prazo na contratação dos esportistas.

De acordo com o secretário de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo, Paulo Gustavo Maiurino, esta regra traz inclusive benefícios à formação de talentos. “O vínculo entre atleta e município inviabiliza a ‘compra’ de atletas por parte das grandes cidades, como ocorria anteriormente. Desta forma, imaginamos um foco cada vez maior na revelação de grandes atletas, como, aliás, é tradição desta competição, que chega a 81 anos de história.”

Tradicionalmente um celeiro de competidores, os Jogos Abertos são vistos com bons olhos pela secretaria. “É uma competição que temos muito orgulho em organizar. Trata-se da mais tradicional de nosso calendário e, realmente, grande reveladora de talentos esportivos para o Brasil e para o mundo”, afirmou Maiurino.

O secretário disse ainda que o Estado crê em sucesso absoluto desta edição dos Abertos. “A expectativa da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo é a melhor possível. As cidades do Grande ABC, por meio do Consórcio, têm demonstrado grande capacidade de mobilização, estrutura esportiva, logística e todos os requisitos necessários para realizar uma das melhores edições da história do torneio”, decretou. “Quero aproveitar este espaço para chamar o público a participar, torcer e incentivar os atletas. Todas as atividades têm entrada gratuita”, encerrou.