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Domingo, 28 de Abril de 2024

Pedro Hulk dá volta por cima no Cachorrão após pendurar chuteira

Atacante, revelado no Palmeiras, parou em 2014, foi trabalhar em igreja e ressurge em grande estilo

Anderson Fattori
28/09/2017 | 07:00
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A vida dá voltas e o atacante Pedro Hulk, do EC São Bernardo, está aí para comprovar. Há cinco anos, era uma das revelações do Palmeiras, dividia alojamento com Gabriel Jesus e tinha futuro promissor. Mas o dinheiro subiu à cabeça e ele pôs tudo a perder. Desistiu, foi trabalhar em igreja em Campo Grande (Mato Grosso), sua cidade natal, e há três anos, como raio que cai duas vezes no mesmo lugar, ressurgiu para o futebol. Subiu com o Guarani da Série C para a B do Brasileiro e agora levou o Cachorrão à Série A-3 do Paulista.

A história de Pedro Hulk é igual à de muitos jovens, que sonham em ser jogadores, mas se perdem no caminho. Ele chegou ao Palmeiras aos 18 anos e se vislumbrou com realidade diferente. “Me perdi. Você ia para a balada, tinha a mulherada, você fica iludido, sai da realidade”, confessa ele, que herdou o apelido pela semelhança de estilo com Hulk, atacante da Seleção na Copa do Mundo de 2014.

Os problemas extracampo fizeram o Verdão rescindir o contrato em 2013, dois anos antes do término. Pedro disputou a Segundona pelo Nacional e o Matogrossense pelo Novoperário antes de ir trabalhar em igreja em Campo Grande. “Fazia de tudo na paróquia, desde serviços gerais até ajudar o padre”, lembra.

Foi então que convite para jogar uma pelada, em Bonito (Mato Grosso do Sul), deu outra reviravolta em sua vida. No jogo conheceu o empresário Ivan Rocha, que o convidou a voltar ao futebol. Ressignado, ele refutou, mas disse que estudaria proposta. “Estava desiludido. Achava que não tinha como voltar, até que o Ivan me arrumou teste no Guarani”, conta. 

Pedro passou na avaliação e assinou contrato em 2016. Disputou oito jogos pelo Bugre, fez um gol e ajudou no acesso para a Série B do Brasileiro. De lá, assinou com o Almirante Barroso, clube no qual tem vínculo até dezembro. “Joguei o Catarinense no primeiro semestre (fez 11 jogos e um gol) e acertei com o São Bernardo. Estou feliz por ter ajudado a subir o time”, celebra.

No Cachorrão foram 11 partidas e nada de balançar a rede. Pedro assume que a situação o incomoda. “Perdi gol na primeira final e isso me abalou. Aumentei a carga de trabalho”, explicou ele, que vive expectativa de fazer o gol que pode dar o primeiro título ao São Bernardo – basta vencer o Manthiqueira, sábado. Seria épico, mas, diante de tantas reviravoltas na vida do jogador, não dá para duvidar.




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