Associação de docentes vaia parlamentares, que reagem às manifestações durante sessão
Em sessão tumultuada, os vereadores de São Caetano aprovaram ontem projetos de lei que amplia as categorias de professores contemplados com abono salarial, que aumenta o número de bolsas de estudo na Fundação das Artes e que reajusta em 3,08% nos salários dos servidores do Legislativo.
Professores filiados à recém-criada Aspescs (Associação dos Profissionais da Educação de São Caetano) compareceram na Casa e protestaram contra os parlamentares. Eles reivindicam a incorporação do abono aos vencimentos e o acréscimo nos salários de professores que trabalham na rede estadual. Também há cobrança pela retomada do plano de Saúde aos servidores da Prefeitura – funcionários utilizam a rede pública desde que o Paço rompeu contrato com a GreenLine por suspeita de irregularidades.
Houve vaias e gritos durante os trabalhos, fato que irritou os vereadores. Os parlamentares chegaram a acordo para votação sem encaminhamento de posicionamento para evitar o confronto com os professores. Os três projetos foram avalizados por unanimidade, em primeira e segunda discussões, já que houve sessão extraordinária.
O presidente da Câmara, Pio Mielo (PMDB), saiu em defesa dos vereadores. “Tenho respeito a todo tipo de manifestação, mas os manifestantes que aqui estiveram foram irresponsáveis, irracionais e intolerantes. Nenhum vereador conseguiu falar, não deixaram ninguém falar, mostra o quanto imaturo eles (manifestantes) foram. Não apresentaram pauta concreta do que querem, virou uma reclamação generalizada”, disparou o peemedebista. “Como professor comungo das principais reivindicações da categoria. Mas com diálogo. A Câmara está aberta às discussões.”
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