Quando o Uno foi lançado com motor 1.0 Firefly todo mundo se perguntou como seria o Mobi quando equipado com a moderna configuração três cilindros. Meses se passaram e eis que a marca lançou a novidade no mercado – durante o último Salão do Automóvel de São Paulo. Agora é hora de testá-lo.

Sua potência é de 77 cv e o torque máximo fica em 10,9 mkgf – dados com etanol no tanque, este, com 47 litros. Ao virar a chave, a falta de vibração surpreende (no Hyundai HB20 e VW up!, por exemplo, o ruído é muito maior). Já de cara, o pequeno mostra disposição mesmo em baixos giros, além de comportamento mais leve e ágil quando comparado ao veterano quatro cilindros.

Porém, é fato que a grande sacada do Mobi tricilíndrico deixou a desejar em relação ao irmão (que é maior e mais pesado). Enquanto o citado Uno chegou a médias de 20 km/l, o Mobi não passou dos 12 km/l – dirigimos exatamente nos mesmos trechos e condições. É econômico, mas nada tão surpreendente quanto se esperava.

Em altas rotações, o ronquinho é agradável (não incômodo, como em alguns concorrentes). Já o comportamento do câmbio manual de cinco marchas evidencia a velha falha da marca, com engates imprecisos.

Ainda falando em mecânica, a nova direção com assistência elétrica (é hidráulica nas demais versões) foi um salto em qualidade para o Mobi, afinal, como o próprio nome sugere, mobilidade é a palavra de ordem. Aliás, o novo modelo tem o modo City (basta pressionar tecla no painel), que deixa o volante mais mole e facilita (muito) nas manobras de estacionamento, por exemplo.

No mais, apesar de apertadinho, o compacto é silencioso, tem bom comportamento de suspensões e, sobretudo, é bem equipado frente à concorrência. A versão Drive (única com motor Firefly) parte de R$ 41.260 e já vem com ar-condicionado, travas e vidros (somente os dianteiros) elétricos e volante com regulagem de altura.