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Domingo, 28 de Abril de 2024

Um mês após demissão, diretoria do São Paulo 'rompe' com a era Rogério Ceni
27/07/2017 | 08:00
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Menos de um mês depois de demitir o técnico Rogério Ceni, a diretoria do São Paulo modificou hábitos e determinações do ex-treinador no CT da Barra Funda, na capital paulista, e demitiu pessoas ligadas ao ídolo. A mudança mais flagrante para os torcedores é a presença dos familiares dos atletas no CT durante o período de treinamentos. A prática não era bem vista pelo ex-treinador, que chegou a repreender publicamente o meia Cícero durante o treino por ter levado seu filho. O ex-treinador não queria que os jogadores perdessem o foco nos treinos, principalmente com a sequência de resultados ruins no início do Campeonato Brasileiro.

Após a saída de Rogério Ceni, os filhos de Jucilei - os pequenos Kauan, de seis anos, e Roberth, de quatro - visitaram vários treinos por causa das férias escolares. O mesmo aconteceu com os filhos de Lugano e Marcinho. O técnico Dorival Junior é favorável às visitas. "A molecada está de férias e não quer ficar em casa. É uma alegria quando eles estão aqui. É importante ter esse incentivo da família", afirmou o volante, citando a luta da equipe contra o rebaixamento.

Jogadores ouvidos pelo Estado afirmaram que o clima ficou "mais leve" com a saída do ex-treinador, embora o time ainda não tenha saído da zona de rebaixamento. Na semana que antecedeu o jogo contra o Flamengo, que acabou definindo a demissão do ídolo do cargo de técnico, os atletas relatam que os treinos eram tensos e carregados de reclamações.

O relacionamento de Rogério Ceni com os jogadores se tornou mais difícil depois de dois episódios: o lance de fair play de Rodrigo Caio nas semifinais do Campeonato Paulista, criticado pelo treinador internamente, e o afastamento de Lucão após uma falha na partida diante do Atlético Mineiro.

Um dia após a saída de Rogério Ceni, o departamento de futebol continuou em transformação com as saídas do preparador físico José Mario Campeiz e do preparador de goleiros Haroldo Lamounier. À época, a diretoria explicou que as mudanças não haviam sido pedidas pelo novo treinador.

Haroldo Lamounier trabalhou com Rogério Ceni por 13 anos. Em 2016, quando o ídolo encerrou a carreira como jogador, o preparador de goleiro foi mandado para as categorias de base. Ele só voltou ao time principal quando Ceni assumiu o cargo de treinador.

Após a demissão de Haroldo Lamounier, o São Paulo ficou dois dias com Octávio Bittencourt fazendo o trabalho interinamente. Ele foi formado nas categorias de base e integrado à comissão técnica do time principal em janeiro. O novo preparador escolhido foi Marco Antônio Trocourt, indicado por Dorival Junior.

Nas últimas semanas, o clube cortou profissionais de diversas áreas, principalmente que atuam no Morumbi, incluindo no departamento de comunicação. Alguns tinham ligação estreita com o ex-treinador.

Fontes ligadas à diretoria consideram "normais" as mudanças após a troca na comissão técnica. Em relação às demissões, afirmam que elas tiveram motivações econômicas e com a otimização do trabalho e que seriam realizadas independentemente da saída de Rogério Ceni.




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