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Violência
Homicídios têm alta no semestre
Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
26/07/2017 | 07:04
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 Na contramão da Capital e do Estado, o Grande ABC registrou alta de 33,77% nas mortes em decorrência de homicídio no primeiro semestre do ano. Conforme os dados mensais divulgados ontem pela SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo, o número de vítimas saltou de 77 para 103 entre janeiro e junho na comparação com 2016. Em contrapartida, todos os demais indicadores de violência analisados pelo Diário apresentaram diminuição.

Com exceção de São Caetano e de Rio Grande da Serra, onde a quantidade de vítimas por homicídio permaneceu estável durante o período analisado, e de Ribeirão Pires, onde houve queda de 71,43%, todas as demais cidades registraram alta no indicador. O destaque negativo é Diadema, onde o aumento foi de 116,67%. Mauá aparece na sequência, com 53,33% mais mortes do tipo (veja mais na tabela acima).

Representantes dos órgãos de Segurança Pública ouvidos pela equipe de reportagem do Diário revelam que a alta dos homicídios é preocupante, tendo em vista que se trata de crime difícil de ser prevenido. “Na nossa área, tivemos cinco casos de homicídio passional em abril, quando a média é de um a dois casos, no máximo. Uma das tentativas de prevenir é implantar núcleo de atendimento para homens agressores, local onde eles possam participar de palestras sobre a violência”, destaca o delegado seccional de São Bernardo, responsável também por São Caetano, Aldo Galiano Júnior.

Coronel Paulo Roberto Vieira, comandante do 41º Batalhão da PM (Polícia Militar) na região e responsável interinamente pelo CPA-M/6 (Comando de Policiamento de Área Metropolitano Seis), enfatiza que uma das estratégias da polícia na tentativa de inibir os homicídios é intensificar operações no sentido de apreender armas brancas, como é o caso de facas. “Nossa meta é zerar os homicídios, tarefa complicada”, diz.

Já quando destacados os números relacionados a roubo e furto em geral e os crimes envolvendo veículos, que tiveram queda, a justificativa é o trabalho conjunto que vem sendo desempenhado entre as forças policiais das sete cidades. “As ações conjuntas vêm dando certo, mas sabemos que o crime é algo dinâmico, por isso a importância do setor de inteligência da polícia e as operações realizadas nas áreas em que há maior impacto da criminalidade”, observa.

De forma mais específica, o seccional de São Bernardo destaca as operações de bloqueio, com intuito de apreender veículos roubados, e também as ações no entorno de faculdades para evitar o furto dos automóveis. “Somente neste mês (junho), conseguimos reduzir o número de ocorrências para uma, na região do Planalto, perto da (Universidade) Metodista, quando a média era de 13 ocorrências”, comenta.

De janeiro a junho, o Estado registrou queda de 0,45% no número de vítimas de homicídio, passando de 1.784 para 1.776. Em compensação, houve alta nos casos de roubo e furto em geral, 0,68% e 2,72%, respectivamente.

O cenário se repete na Capital, onde o índice de pessoas assassinadas caiu 13,53% e houve alta de 3,29% e 9,11% nos roubos e furtos em geral, respectivamente.




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