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Domingo, 28 de Abril de 2024

Refém de sua história

‘Antígona’, monólogo de Andrea Beltrão, será
apresentado neste fim de semana no Sesc Sto.André

Miriam Gimenes
18/07/2017 | 07:00
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Divulgação


 Já se passaram 2.400 anos que a peça Antígona, de Sofocles, foi montada pela primeira vez na Grécia Antiga. Nem por isso ela deixa de ser atual, muito pelo contrário. “Podemos traçar um paralelo (do texto) com o mundo, com o caminho que a humanidade está tomando. E também com o nosso País, com a nossa aldeia”, analisa a atriz Andrea Beltrão, que apresentará o monólogo sexta, sábado e domingo, no Sesc Santo André. O clássico é dirigido por Amir Haddad.

Escrita por volta de 442 a.C, a obra narra a tragédia de Antígona, filha de Édipo e irmã de Etéocles e Polinice. Depois que Édipo comete o parricídio e incesto (matou o pai e casou-se com a mãe, Jocasta), admite a culpa trágica e cega os próprios olhos, seus descendentes iniciam uma disputa pelo poder. Os irmãos homens acabam se matando em uma briga pelo trono.

E aí surge Creonte, o mais próximo da linhagem de Jocasta (mãe-esposa de Édipo), que ganha o título para governar Tebas. Em sua primeira ação, o tirano decreta como deverá ocorrer o cerimonial fúnebre de Etéocles e Polinice. O primeiro ganha a honra de ser sepultado de acordo com as leis divinas – já que ele sempre ficou do seu lado – e, o segundo, para servir de exemplo aos demais cidadãos de Tebas, tem seu corpo abandonado aos cães e aves de rapina.

Antígona não se conforma com o decreto do tirano e sai em defesa de Polinice. Se revolta e batalha para que o corpo do irmão possa ser velado. “Antígona é a maior heroína trágica de todos os tempos. É jovem que desafia um grande rei para poder enterrar seu irmão. Ela se levanta contra tudo e contra todos, é a heroína do amor”, analisa Andrea. Por se por contrária às leis e a política vigente, ela é trancada, portanto, em um calabouço, local onde se desenrola a trama, que discute o direito natural e o conceito ocidental de justiça.

> Antígona – Peça. No Sesc Santo André (Rua Tamarutaca, 302). Sexta (21h), sábado (20h) e domingo (18h). Ingressos: R$ 40 (R$ 20 meia-entrada) e R$ 10 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc). À venda na bilheteria ou no site www.sescsp.org.br.




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