O porto de Porto Alegre terminou junho movimentando 1,1 milhao de toneladas e deverá atingir 2 milhoes até o final de 1999, um avanço de 30% sobre os números de 1998. Para a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), o aumento obtido, em meio à recessao econômica, é resultado de um processo de recuperaçao de grandes guindastes e da reativaçao do sistema de segurança, reduzindo o desvio de cargas. Na soma dos cais Mauá e Navegantes, o volume de operaçoes já superaria o de um porto de mar, mais conhecido, como Itajaí (SC).

"Fechamos junho com 1,1 milhao de toneladas, enquanto Itajaí teve 800 mil toneladas", comparou o diretor de portos da SPH, Paulo de Tarso Carneiro. Ele disse que o número de navios atracados no cais Mauá passou da média de oito por semana para mais de 15. A principal providência foi o conserto de dois dos três guindastes de grande porte. "No ano passado, só funcionava um dos três e, assim mesmo, precariamente", assegurou.

A licitaçao para a iniciativa privada implantar e operar um terminal de contêineres junto ao armazém C2, no cais Navegantes, prevista para acontecer antes do final do ano, ampliará a capacidade do terminal. "Poderá subir em até 50% no ano 2.000", previu Carneiro. A área a ser licitada possui 30 mil metros quadrados.

No seu entendimento, a reaçao resulta da sinalizaçao da SPH, um órgao estadual, no sentido de retomar a ênfase na atividade original do porto. Até 1998, havia planos para desativar o cais Mauá, a ser ocupado por um projeto turístico-cultural, o Porto dos Casais. O superintendente Luis Carlos De Cesaro entende que a nova administraçao "reverteu o quadro de sucateamento encontrado".

Fertilizantes, carvao, milho, bobinas de papel, sal, ferro, celulose e transformadores lideram o rol de importaçoes e exportaçoes pelo porto da capital gaúcha.