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Sábado, 27 de Abril de 2024

Trump pode abrir mão de veto a depoimento de ex-diretor do FBI
04/06/2017 | 14:32
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O presidente dos Estados Unidos Donald Trump tende a não evocar o privilégio executivo, que protege o acesso a informações do Poder Executivo, para tentar bloquear o depoimento do ex-diretor do FBI James Comey. De acordo com duas pessoas do governo, Trump pode abrir mão de vetar que Comey relate sobre conversas privadas com o presidente acerca do antigo assessor de segurança nacional.

Não houve nenhuma decisão final ainda por parte de Trump e o tema segue em discussão, de acordo com as autoridades, que falaram sob condição de anonimato. Trump é conhecido por mudar de opinião com frequência em assuntos de grande peso.

Comey deve depor na quinta-feira no comitê de inteligência do Senado. Ele provavelmente será questionado sobre conversas com Trump a respeito da intervenção da Rússia nas eleições e sobre a investigação do FBI envolvendo o ex-assessor de segurança nacional Michael Flynn.

De acordo com memorando escrito por Comey, Trump pessoalmente apelou em uma reunião em fevereiro para que ele abandonasse a investigação a respeito de Flynn e seus contatos russos, afirmou uma pessoa que leu o documento.

Trump pode evocar o privilégio executivo alegando que as discussões com Comey diziam respeito à segurança nacional e que ele tinha expectativa de privacidade com relação ao conselho de assessores. Apesar disso, especialistas consideram que o próprio Trump já violou tais argumentos legais ao discutir publicamente sobre as conversas em entrevistas e publicações no Twitter. O argumento em favor do privilégio executivo também pode ser superado em razão de a investigação estar focada em corrupção e possibilidade de obstrução da Justiça.

Em sua carta demitindo Comey, Trump afirmou que o ex-diretor do FBI tinha informado "em três ocasiões diferentes" que ele não estava sob investigação. Trump depois escreveu no Twitter: "É melhor que James Comey espere que haja gravações das nossas conversas antes de ele começar a vazar para a imprensa!"

Trump disse ainda em entrevista que ele estava pensando sobre "essa coisa da Rússia" quando decidiu demitir Comey.

O senador democrata Mark Warner, do comitê de inteligência, disse neste domingo esperar que Trump não tente barrar o depoimento de Comey.

"Acredito que isso estaria sob um território legalmente questionável, para dizer o mínimo", afirmou Warner à rede de TV CNN. "Comey foi demitido pelo presidente e vemos o próprio presidente fazendo comentários chamando Comey de louco... Isso é totalmente inapropriado", concluiu o senador. Fonte: Associated Press.




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