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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

Scénic RXE ganha mudanças sutis
Anderson Amaral
Do Diário do Grande ABC
01/04/2003 | 18:30
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Enquanto a segunda geração do Scénic não estréia no país, o que deve acontecer apenas no início de 2005, a julgar pelo atraso no lançamento do novo Clio, a Renault introduz alguns aperfeiçoamentos na geração atual, que foi lançada no mercado brasileiro em 1999 e, dois anos mais tarde, teve suas linhas externas modificadas. Uma nova reestilização? Nem pensar. O design, aprimorado no facelift promovido pela Renault em abril de 2001, deve permanecer intacto até que a linha de montagem de São José dos Pinhais (PR) desove as primeiras unidades do Scénic 2. As mudanças efetuadas são sutis – tão sutis que parecem um jogo dos sete erros – e concentram-se na versão RXE 2.0 16V, top de linha da família: a adoção do acelerador eletrônico, antes disponível apenas nas versões 1.6 16V, e de um câmbio com relações de transmissão mais longas do que as atuais.

Parece pouco, sobretudo quando se leva em conta que o Scénic disse adeus à liderança do segmento de monovolumes – é bem verdade que o rival Mercedes-Benz Classe A, cujas vendas podem ser definidas como decepcionantes, foi seu único concorrente durante longos meses. Em 2001, o monovolume francês cedeu a ponta para o Zafira, da General Motors – que, mais tarde, foi superado pelo Citroën Xsara Picasso. Nos dois primeiros meses deste ano, o panorama não mudou: foram emplacadas 2.124 unidades do Picasso, ante 1.640 do Zafira, 1.514 do Scénic e 1.106 do Classe A, este último o lanterna do segmento.

Com a substituição do cabo pelo potenciômetro, instalado atrás do pedal, as acelerações ficaram mais suaves e desapareceram os solavancos provocados pelo fechamento abrupto da borboleta que controla a entrada de ar no interior do motor. A alteração no câmbio, por sua vez, resultou numa redução de 2% no consumo rodoviário – em função, principalmente, das trocas da quarta para a quinta marcha. Como, no percurso urbano, fazer essa troca é algo raro, o consumo urbano permaneceu o mesmo. Nos dois casos, a melhoria no desempenho do Scénic RXE 2.0 16V é praticamente imperceptível.

O proprietário do novo Scénic, no entanto, não tem do que se queixar. Isso porque o propulsor, capaz de desenvolver 138 cv de potência a 5,5 mil rpm, dá conta do recado e faz da elasticidade a sua principal virtude. Os 19,2 mkgf de torque, disponíveis integralmente a partir dos 3.750 giros, garantem fôlego de sobra para acelerações e retomadas, conforme constatou o Diário após percorrer aproximadamente 400 km com o monovolume em percurso misto (urbano e estrada). O câmbio de engates precisos também colaborou, embora o curso da alavanca seja um tanto longo. O consumo de combustível manteve-se na casa dos 8 km/l com o ar-condicionado ligado – inferior, portanto, aos 11,5 km/l declarados pela Renault. O conjunto mecânico equilibrado, por sua vez, revela-se no comportamento firme, sem ser desconfortável, da suspensão.

Dentro, não há alterações. O espaço interno é generoso, inclusive no banco traseiro, onde um adulto com 1,80 m pode sentar-se sem encostar os joelhos no assento dianteiro. Há porta-trecos por todos os lados: além da gaveta escondida sob o banco do passageiro, há outros dois compartimentos secretos no assoalho. As mesinhas de avião atrás dos bancos dianteiros dão aos passageiros a possibilidade de fazer refeições durante as viagens. Os bancos traseiros tripartidos podem ser facilmente rebatidos.

A boa ergonomia é outra característica marcante no Scénic RXE 2.0 16V. Os comandos, assim como os mostradores, estão adequadamente posicionados. Materiais de boa qualidade compõem o acabamento sem restrições. E a oferta de equipamentos é das mais atraentes: ABS, air bag duplo, regulagem lombar do banco do motorista, computador de bordo, trio elétrico e CD Player com comando satélite no volante integram a lista de itens de série da versão. Os bancos em couro são os únicos opcionais disponíveis e custam R$ 2,1 mil.

Com o aumento aplicado à linha Renault no fim de março, o Scénic RXE 2.0 16V saltou para R$ 52.290. Também é possível desembolsar mais R$ 3,1 mil e levar para casa a versão com câmbio automático Proactive, aprimorada graças à adoção de um sistema que, segundo a Renault, racionaliza a comunicação entre motor e transmissão.




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