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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

PF entra no caso Erenice
14/09/2010 | 09:07
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A Polícia Federal vai investigar a suspeita de tráfico de influência, cobrança de propina e advocacia administrativa envolvendo familiares da ministra chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. A decisão foi tomada ontem após reunião extra-agenda do diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, a quem ele é subordinado administrativamente. Embora a abertura do inquérito esteja tecnicamente decidida, Corrêa pediu, por precaução, parecer da Coger (Corregedoria Geral da instituição), que atestará se a denúncia, publicada na revista Veja deste fim de semana, configura notícia crime.

A resposta será dada hoje e, em caso positivo, a situação de Erenice pode se tornar insustentável no cargo. Internamente, a abertura do inquérito é dada como certa. O parecer vai indicar se a denúncia atinge apenas os familiares da ministra, hipótese em que o inquérito será imediatamente aberto "de ofício". Mas se a avaliação da Coger implicar a ministra diretamente no esquema, a PF terá de pedir autorização ao STF (Supremo Tribunal Federal), onde ela goza de foro especial.

Comandada pelo delegado Valdinho Jacinto Caetano, policial tido como rigoroso, a Coger é consultada sempre que uma denúncia envolve policiais e também quando a PF precisa abrir inquéritos de grande repercussão, mesmo sem provocação externa, como é o caso. É uma cautela para evitar que se levante suspeição sobre os motivos da iniciativa. Conforme a revista, Israel Guerra, filho da ministra seria o operador do esquema de lobby e recebimento de propina junto ao governo federal.

Conforme a denúncia, o esquema teria rendido a Israel comissão de cerca de R$ 120 mil, a título de remuneração, em contratos firmados entre a MTA Linhas Aéreas e os Correios, no ano passado, ocasião em que a Casa Civil era chefiada pela candidata presidencial Dilma Rousseff (PT), de quem Erenice era o braço direito.




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