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Domingo, 28 de Abril de 2024

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Inusitado
Admiração faz garoto pedir festa com tema voltado a coletores de lixo

Miguel Augusto, 5 anos, entende a
importância da profissão desde cedo

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
14/05/2017 | 07:14
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André Henriques


Super-heróis são sempre lembrados pela criançada na hora de escolher o tema da festa de aniversário. E o pequeno Miguel Augusto, de São Bernardo, que completou 5 anos no dia 10, escolheu aqueles por quem têm maior admiração: os coletores de lixo da cidade – afinal, haja força para percorrer mais de 15 quilômetros diários, com sacos pesados carregados de resíduos.

Na quarta-feira, data em que o pequeno aniversariou, os avós maternos foram com ele até a empresa responsável pela coleta na cidade, para pegar algumas ideias para a decoração do evento, realizado ontem. Para a surpresa do menino, bolo, guloseimas e convidados muito especiais – os coletores e outras crianças que também admiram os profissionais – o esperavam para “o parabéns a você”.


O caminhão gigante que recolhe os resíduos é a atração que costuma chamar a atenção das crianças em um primeiro momento. Com Miguel também foi assim, somado ainda ao acompanhamento dos hábitos de reciclagem mantidos pela mãe, a técnica em química Mariana Paula de Oliveira Gomes, 33.

Foi no ano passado que ele pediu uma festa que tivesse “caminhão de lixo e coletor”. “Não consegui fazer naquela ocasião e, neste ano, ele pediu de novo. Não vou mentir que cheguei a perguntar se era isso mesmo o que ele queria, e a resposta foi sim”, conta a mãe.

“O Miguel é muito simples, puro. Sinto-me abençoada, pois isso mostra muito do caráter dele, que ainda está em formação. Espero sempre conseguir educá-lo com esses princípios de respeito”, emociona-se Mariana.

Miguel embasa a escolha. “Eles são legais e importantes porque limpam a nossa cidade. Gosto deles.”

LEGIÃO DE FÃS
O menino é um dos muitos fãs que admiram os coletores e o árduo trabalho deles. Na Páscoa, Marcos Magrino Nieto, 5, também de São Bernardo, pediu à mãe, Roberta Magrino, 35, que fizesse bombons para os amigos. “Pensei que era para os coleguinhas da escola, mas era para os coletores”, relata. Os doces foram feitos e entregues pessoalmente pelo garoto aos profissionais responsáveis pela coleta no bairro Jardim Vera Cruz, onde mora a família.

Isabelly Teixeira Belo, 9, cresceu vendo de perto a importância do trabalho dos varredores de rua: a avó e a bisavó atuaram na função. Por essa razão, quando a professora pediu para que cada aluno escolhesse uma profissão para abordar em um trabalho escolar, ela não teve dúvida: “Escolhi gari. Quando eles entram em greve, a gente vê o quanto tudo fica sujo. Eles trabalham embaixo de sol, chuva, frio, calor, têm de ser valorizados”, declara. Com tantos argumentos, a nota não poderia ser outra a não ser dez.

Todo este carinho impulsiona o trabalho dessa turma indispensável para a ordem das cidades, como declara o coletor Sidney Bernardo da Silva. “Emociona muito e incentiva cada vez mais o trabalho”. 




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